segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A Era dos Dinossauros (Age of Dinosaurs, EUA, 2013)


A produtora americana “The Asylum”, especializada em cinema fantástico bagaceiro, com o apoio do canal de TV a cabo “SyFy” na exibição, é a responsável por outra tranqueira colossal envolvendo dinossauros recriados por biotecnologia, que invadem a cidade de Los Angeles se alimentando de carne humana. “A Era dos Dinossauros” (Age of Dinosaurs) tem direção de Joseph J. Lawson, o mesmo cineasta de “Nazistas no Centro da Terra” (2012), e nome mais associado como técnico em efeitos visuais em dezenas de outras porcarias. O filme também tem a presença dos veteranos atores Ronny Cox, de “Robocop, o Policial do Futuro” (1987), e Treat Williams, de “Tentáculos” (1998).
“Geneti-Sharp” é uma empresa de biotecnologia que conseguiu sucesso com a pesquisa de regeneração de tecidos, ajudando muitas pessoas queimadas a recuperarem a pele. Seu presidente, Justin (Ronny Cox), decidiu então conquistar objetivos mais audaciosos e patrocinou um projeto científico liderado pelo inescrupuloso Doug (Jose Rosete) e o veterinário Dr. Craig Carson (Joshua Michael Allen), para trazer de volta à vida vários tipos de dinossauros, através de amostras do DNA. Porém, ocorre um acidente com o sistema de segurança no teatro onde os animais eram apresentados ao público, e todo o prédio transforma-se num ambiente de desespero, com as pessoas lutando por suas vidas para não serem alimento dos dinossauros. Em meio à confusão, um bombeiro em folga, Gabe Jacobs (Treat Williams), que só precisa de um machado para resolver os problemas, se perde de sua filha adolescente, Jade (Jillian Rose Reed), que parece um zumbi que não larga o telefone celular, enquanto o prédio é cercado pela polícia para tentar inutilmente impedir a invasão dos monstros pré-históricos pela cidade em busca do sangue e carne de suas vítimas.
Como sendo mais uma produção da picareta “The Asylum”, é plenamente possível sabermos com antecedência que “A Era dos Dinossauros” tem todos os elementos tradicionais de seus filmes ruins. O maior problema, como sempre, é o roteiro patético, e nesse caso tendo como foco um imenso clichê, ou seja, “alguém metido a herói que no meio do caos precisa encontrar e proteger um familiar do perigo mortal de uma ameaça monstruosa”. E essa história banal está acompanhada de efeitos especiais vagabundos, os eternos “CGI” que tornam tudo muito artificial, exagerado e inverossímil. E, claro, também não vai faltar o manjado desfecho previsível, dessa vez envolvendo o bombeiro herói, sua filha, um helicóptero e um pteranodonte, no meio do famoso letreiro gigante de “Hollywood”. 
Enquanto os dinossauros estão dentro do prédio da empresa de biotecnologia, percorrendo os andares e colecionando vítimas, até existe uma razoável atmosfera de claustrofobia, com as pessoas desesperadas lutando por suas vidas, que mesmo já vista em centenas de filmes similares, ainda funciona, auxiliada por cenas de mortes sangrentas. Mas, depois que os bichos carnívoros escapam para as ruas de Los Angeles, perseguindo carros, derrubando helicópteros, destruindo construções de concreto e comendo as pessoas, o filme se perde totalmente tornando-se exagerado e ridículo, características registradas da produtora “The Asylum”, não passando de apenas mais um produto descartável destinado ao esquecimento rápido.
(Juvenatrix – 01/02/16)

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