sexta-feira, 1 de maio de 2015

Complô Contra a América, Philip Roth

Complô Contra a América (The Plot against America), Philip Roth. 482 páginas. Tradução de Paulo Henriques Brito. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

Philip Roth é considerado um dos grandes romancistas americanos de sua geração. Tem como temática recorrente a crônica urbana da vida novaiorquina, analisando especialmente a classe média judaica neste contexto, tanto de um ponto de vista comportamental, como do que poderíamos chamar de uma sociologia dos costumes. Estão aí romances importantes como O Complexo de Portnoy (1969) e Pastoral Americana (1997), entre outros.
Nesse quadro o romance Complô Contra a América se insere neste universo temático. A novidade, entretanto, é a incursão do autor pela História, e mais precisamente por um viés que nos é particularmente interessante, ou seja, pela via alternativa.
E Roth não faz por menos. Escreve um romance sobre o tema mais popular da história alternativa, a Segunda Guerra Mundial. E que já conta com um bom conjunto de romances seminais, como O Homem do Castelo Alto (1962), de Philip K. Dick, O Sonho de Ferro (1971), de Norman Spinrad e Pátria Amada, de Robert Harris (1992), entre outros. Todos mostrando como o mundo ficaria depois da vitória do III Reich.
Complô Contra a América, contudo, não fala do mundo depois da guerra, mas durante, após uma mudança histórica que ocorre na política norte-americana. O aviador Charles A. Lindbergh (1902-1974), primeiro homem a atravessar o oceano Atlântico Norte com um avião monomotor, em 1927, é eleito presidente dos Estados Unidos em 1940. Com sua vitória impede a entrada do país na Segunda Guerra Mundial, além de mostrar-se simpático a Hitler e seus objetivos.
A ação do romance se passa durante a guerra e é estruturalmente dividido em capítulos que retratam seu desenrolar com crescente dramaticidade. No primeiro deles, o autor mostra a ascensão de Lindbergh e sua adesão à causa nazista. Sua proposta de neutralidade divide o país na disputa presidencial e sua vitória na eleição deixa a comunidade judaica em pânico.
Isso no contexto político maior, pois o diferencial de Roth é narrar, sobretudo, como se inseriria uma família judia nesta época. Assim, a história é contada do ponto de vista de um personagem, chamado significativamente de Philip Roth. Seria ele mesmo quando criança? Ou parte dela? O autor não deixa claro, mas investe muito na caracterização do menino e sua família, a ponto de estar claro que o romance é, ao menos em parte, autobiográfico.

O medo domina estas lembranças, um medo perpétuo. Toda a infância, é claro, tem seus terrores, mas me pergunto se eu não teria sido uma criança menos assustada se Lindbergh não tivesse chegado à Presidência ou se eu não fosse filho de judeus.” (pág. 9).

Esta é a frase inicial do livro, absolutamente reveladora tanto da forma de narração escolhida, como do fato que justifica a criação da história. Muito eloquente, em ambos os sentidos. Tanto o recurso de contar a história no tempo passado, mas como se fosse no presente (embora no livro inteiro não fique claro em que momento posterior à guerra o já adulto personagem relembra suas memórias), e principalmente, narrar um evento da maior importância histórica deste ponto de vista pouco comum, é o que dá o interesse especial ao romance.
Ao optar por contar uma história ‘micro’ em um contexto ‘macro’, digamos assim, Roth confere riqueza à obra, pois entramos no lar de uma simples família americana de classe média e constatamos como o antissemitismo influi em suas vidas. E em especial na do menino.
Roth tem uma prosa fluente, e que prende a atenção, não só pelo enredo fascinante, mas pelo aprofundamento do texto em termos sociais e subjetivos, que expõe com desprendimento. Mostra uma pessoa que seria muito próxima de si mesmo, mas também das pessoas de sua provável família: O pai, um esforçado e politizado corretor de seguros; a mãe, uma típica dona de casa, porém uma mulher também informada e seguidora dos preceitos judaicos; um irmão, Sandy, um exímio ilustrador. Também as pessoas do entorno são bem caracterizadas, os vizinhos, parentes e poucos amigos, quase todos judeus. Ao narrar uma história alternativa que poderia mudar o destino do país – e do mundo –, Roth conta também como poderia ter sido sua própria história. Assim, a base da caracterização dos personagens e de passagens de suas vidas são, provavelmente, verídicos, isto é, do nosso mundo real.
A questão subjacente – ou uma delas – é a da identidade: afinal a minoria é mais uma nuance do ser americano, ou é um grupo com outras raízes culturais que convive dentro da sociedade americana? Esta é uma questão clássica e que é sempre colocada em dúvida tanto pelos grupos minoritários, como por aqueles que querem atingi-los de forma negativa.
O menino Philip, na condição inocente de explicitar um problema, expõe o dilema:

“Logo depois que o rabino Bengelsdorf invocou o nome de Lindbergh, senti-me mais confuso do que nunca. Um rabino era um rabino, mas enquanto isso Alvin estava num hospital do Exército canadense em Montreal aprendendo a andar com uma perna artificial depois de perder a perna lutando contra Hitler, e na minha própria casa – onde eu podia vestir qualquer roupa menos as roupas ‘boas’- haviam me obrigado a usar minha única gravata e meu único paletó para impressionar precisamente o rabino que ajudara a eleger presidente um amigo de Hitler. Como eu poderia não estar confuso, quando nossa vergonha e nossa glória eram uma coisa só? Algo de essencial fora destruído e perdido; estávamos sendo coagidos a ser outra coisa que não os americanos que éramos’”. (pág. 139).

Entretanto, é possível argumentar que esta interpretação ‘de dentro’, poderia tirar alguma legitimidade das questões tratadas, pois estaria influenciada por uma visão intimista demais para servir como um exemplo viável para uma coletividade como um todo.
Por outro lado, este provável ‘autobiografismo alternativo’ confere mais verossimilhança à narrativa e às questões de fundo tratadas pelo autor. Não que não poderia ser realizado de outra forma, quer dizer, em um estilo, digamos, mais tradicional, de se contar a história em seu primeiro plano, o dos acontecimentos políticos em si, mas a opção metodológica de Roth de contar a história por ‘dentro’, confere robustez aos argumentos apresentados.
Assim é que na maior parte da narrativa vive-se o cotidiano da família Roth e a influência crescente que o cenário político causa em suas vidas. Reprova-se a eleição de Lindbergh, aumenta a desconfiança em relação aos gentios e ao governo americano, resguardando-se como uma espécie de pilar de segurança as instituições e a Constituição do país. De fato, mesmo com Lindbergh no poder, os Estados Unidos são um país com sólidas instituições democráticas e tradição de liberdade de expressão e direitos individuais. E é até por isso que chama muito a atenção o fato de um mandatário avesso a estes princípios ter chegado ao poder máximo da nação.
Gradativamente, quando o ambiente social e político tornam-se mais tenso, a partir de uma série de iniciativas do governo no sentido de prejudicar os judeus e mostrar mais que uma neutralidade, uma espécie de ‘aliança branca’ com os nazistas, a vida da família Roth e seus conhecidos vão se deteriorando, mesmo porque é entre os próprios judeus que se dão também cisões sobre apoiar ou não o governo de Lindbergh. E tudo isto pela ótica de um menino que, obviamente, pouco compreende da vida e dos perigos que ele e sua família correm em um ambiente social tão conturbado.
É no capítulo oitavo, “Tempos Difíceis” que ocorre um desenlace decisivo. Tanto para a família Roth, como para o destino dos Estados Unidos e da Segunda Guerra Mundial. Em cena temos o radialista judeu Walter Winchell (1897-1972) – mal comparando, uma espécie de Michel Moore[1] dos anos 40 –, que se candidatou à presidência e é assassinado por grupos antissemitas, dando início a uma onda de conflitos e agressões a judeus e suas propriedades por todo o país.
O presidente Lindbergh, muito criticado por sua omissão neste momento, pilota seu avião até a cidade de Louisville, estado de Kentucky e realiza um comício para milhares de pessoas, onde poucos dias antes havia ocorrido incidentes contra os judeus. Mas ao voltar para Washington some misteriosamente com seu avião e nunca mais é encontrado. A direita republicana, liderada pelo vice-presidente Burton K. Wheeler (1882-1975) assume o poder, e o ministro do interior, o empresário Henry Ford (1863-1947),[2] insuflada por antissemitas – especialmente os da Associação Teuto-Americana –, denuncia um ‘complô judeu’ contra os Estados Unidos e prende várias lideranças do país – inclusive o ex-presidente Franklin D. Roosevelt (1882-1945), num autêntico golpe de Estado.
De forma surpreendente, a ex-primeira dama Anne Morrow Lindbergh (1906-2001) reage em um discurso radiofônico e conclama as autoridades e a população a não dar ouvidos a nenhuma ‘teoria conspiratória judaica’ e retornar à legalidade constitucional. O país, em comoção, remove do poder os golpistas e retorna ao Estado de direito – por sinal, esta é uma passagem apressada e pouco crível. E a partir deste momento o autor cria um novo ‘ponto de divergência’, o da volta à nossa linha histórica: Roosevelt é reeleito para o terceiro mandato, e o país, finalmente, entra na guerra. Roth repete até os detalhes: os japoneses atacam Pearl Harbour – só que em 1942, um ano depois. E a Alemanha é, de fato, derrotada com a ajuda providencial dos americanos, em 1945.
Mas o incrível é a história por trás da história. Lindbergh teria apoiado Hitler porque este sequestrara o filho do aviador.[3] Assim o chantageou e manipulou. Primeiro para garantir a neutralidade dos Estados Unidos e depois para executar a ‘solução final’ aos judeus americanos. De saída é difícil entender como um plano tão absurdo poderia funcionar, pois na época do sequestro, Hitler e os nazistas nem tinham chegado ao poder, o que só se daria em 1933. A seguir, que garantia tinha os alemães de que Lindbergh conseguiria uma indicação do Partido Republicano para disputar a presidência da República? E em terceiro lugar, de que venceria a eleição?
De qualquer forma, é fato que o casal Lindbergh deixa os Estados Unidos em 1935 indo morar no interior da Inglaterra até 1939. Neste período Lindbergh é designado pelo governo americano (de Roosevelt) para conhecer e relatar os progressos da força aérea alemã. Ele não só faz o serviço, mas se aproxima dos nazistas, ao ponto de receber do próprio Führer a medalha de Cruz de Serviço da Águia Alemã. E ao voltar à América passar a defender com vigor a neutralidade do país e “as coisas boas que a ditadura alemã estava realizando para o seu povo”.
Mas além desta estratégia, digamos, eleitoral dos nazistas para terem uma espécie de títere no poder da maior democracia do Ocidente, a segunda parte do plano foi mais difícil de ser posta em prática. Lindbergh – apesar da citada postura de antipatia aos judeus e outras minorias, como negros e asiáticos –, não concordava com o nível de ódio que os nazistas tinham e seus objetivos bestiais. Até adotou algumas políticas públicas para ‘americanizar’ os judeus, como o programa da Agência de Absorção Americana, levando jovens judeus para conhecerem a ‘América profunda’ do Meio-Oeste e, mais adiante, transferindo a residência de judeus do Leste para o Oeste do país, minando, desta forma, a comunidade judaica, tornando seus laços mais fracos e os deixando à mercê de possíveis ações de antissemitas. Mas quando Hitler teria pressionado para que Lindbergh colocasse em prática a terceira e sinistra parte do plano, Lindbergh resistiu. E aí, teria sido eliminado em pleno espaço aéreo americano por nazistas infiltrados no país.
Este seria o ‘Complô contra a América’, revelado pela própria esposa de Lindbergh. Charles Jr. estaria sendo criado pelos nazistas e se não fossem obedecidas as suas ordens, seria enviado ao front para morrer no rigoroso inverno soviético. Com o desaparecimento do marido e vendo o país entrar em colapso, Anne Lindbergh não suportou mais a situação e reagiu, mesmo selando a sorte do seu filho.
Como o próprio autor personagem reconhece é “a história mais rocambolesca e mais inacreditável – ainda que não menos convincente.” (página 400). Talvez. Mas não convence, ainda mais por tentar uma espécie de justificativa para as ações de Lindbergh, como se seu comportamento no mundo real já não fosse o bastante para mostrar suas posições contrárias aos judeus. E o que poderia ter feito se, de fato, tivesse sido eleito.
Inclusive, porque, como revela o próprio Roth numa entrevista ao jornal inglês The Guardian em 2006, sua motivação para escrever o romance veio de um fato verídico. A ala direitista do Partido Republicano, no início de 1940, convidou Lindbergh para concorrer à presidência. Ou seja, o sujeito era amigo de Hitler, antissemita e isolacionista. Não haveria a necessidade de se construir esta ‘história atrás da história’ para justificar sua atitude.
Contudo, o que incomoda neste livro é a tentativa de ajeitar as coisas em termos históricos. Para que, no fim das contas, a história alternativa retornasse à história real. É como se Roth ponderasse que à história ‘rocambolesca’ e especulativa que ele concebeu já tivesse cumprido seus objetivos e fosse necessário voltar ao mundo ‘normal’, o da nossa linha histórica.
Mesmo com estes deslizes, o mérito maior está no recurso quase autobiográfico, apesar de Roth não pertencer a um domínio de conceitos próprios aos escritores de ficção especulativa em geral, e de história alternativa, em particular. Pois ainda assim, o livro venceu o principal prêmio internacional da história alternativa, o Sidewise Award e foi indicado ao prestigioso John Campbell Memorial Award, um prêmio conferido por acadêmicos para o melhor romance de ficção científica do ano publicado nos Estados Unidos.
Ao contar esta contra-história sobre a lembrança de um adulto em seus tempos de criança, Roth expõe a dramaticidade do preconceito vivido pela minoria ao qual pertence. Assim, o drama do pequeno Philip é mostrado na dupla condição do horizonte infantil e da necessidade brusca de compreender o mundo e o comportamento estranho dos adultos.
Complô Contra a América é também valioso por trazer de volta o debate sobre as eventuais conspirações que teriam levado o país a entrar na Segunda Guerra Mundial. Um plano que teria sido elaborado e executado pelo presidente Roosevelt – que não queria deixar o poder –, ao lado da comunidade judaica – temerosa com o avanço nazista – e os britânicos – desesperados ante a iminente invasão alemã. Livros e mais livros foram escritos sobre o assunto que, no entanto, nunca foi reconhecido pelo cânone da historiografia acadêmica norte-americana ou britânica.[4]
Este livro é também interessante de ser lançando neste início de século XXI, pois, provavelmente, a intenção do autor vai além da história do livro em si. Ou seja, é possível vê-lo com o intuito de incluí-lo na grande questão americana dos anos do governo Bush (2001-2009): sua linha conservadora e belicista. Nesse sentido, Roth afirmou na mesma entrevista citada acima que,

Ao contrário do que tenho lido sobre ele (de que seja a minha grande história judaica), é o meu livro mais americano. É uma distopia americana.”

E assim sendo, ele pode ser interpretado dentro desta condição de obra para polemizar sobre a divisão que ocorria na América: A favor ou contra os objetivos do governo em sua guerra contra o terrorismo e quais os limites legais que o governo pode alterar e/ou obedecer em um país secularmente democrático.
Um momento que retoma a tradição de grandes cisões históricas do povo americano. Como na época da promulgação da Constituição, com os federalistas – defensores do texto – e os anti-federalistas – contrários a ele – no fim do século XVIII. Depois com a Guerra de Secessão – certamente o momento mais dramático da história do país –, que por pouco não o dividiu em definitivo – em meados do século XIX. E mais recentemente, a grande discussão da primeira metade do século XX: isolacionistas versus intervencionistas em relação à que posição o país adotar frente à Segunda Guerra Mundial.
Em resumo, o romance fala desta guerra sob um prisma alternativo, e procura mostrar que o tal complô foi outro – ou poderia ter sido. E com isso alerta para os riscos potenciais que pode sofrer uma nação excessivamente polarizada.
No final da obra, Roth inclui um Post-scriptiun com pequenas biografias dos principais personagens reais de seu livro e como se comportaram durante a guerra em nossa realidade. Normalmente não aprecio este tipo de recurso que procura inserir ‘realidade’ à criação ficcional. É como se o autor nos dissesse: “Bom, a história foi muito boa, mas voltemos à realidade”. Tem um viés conservador e potencial para diluir o impacto do texto imaginado, reduzindo a importância de suas implicações na mente do leitor.
Neste caso, entretanto, o recurso torna-se bem-vindo, e é mesmo saboroso, por nos inserir no ambiente daquele momento e revelando o que pensaram e fizeram os protagonistas. Permite um contraponto com as ações por eles cometidas na linha histórica alternativa.
O caso de Lindbergh é curioso, pois embora ele seja o personagem central, o que muda a História e se faça presente por todo o romance, aparece de forma distante, indireta, vista por terceiros hostis, nunca por ele mesmo – e muito pouco por seus muitos admiradores. Mas neste Post-scriptium Lindbergh finalmente atua de forma direta – ainda que obviamente sob o ponto de vista do autor da obra. Roth o põe para falar, reproduzindo um discurso do aviador contrário à entrada dos Estados Unidos na guerra.
Em comparação com os enredos mais especulativos e tematicamente ambiciosos de outras histórias alternativas pós-Segunda Guerra Mundial, Complô Contra a América é menos ousado, além de confuso quando tenta justificar o tal ‘complô’ e voltar ao ‘mundo real’. Mas por outro lado, dentro do recorte temático e de estilo escolhido pelo autor, ele o concebe de maneira notável – principalmente por ser, no fim das contas, um grande escritor –, e o livro pode ser visto como uma contribuição efetiva e original para este subgênero da ficção científica.

– Marcello Simão Branco


[1]  Cineasta americano que é um opositor feroz do governo Bush, com documentários como Tiros em Columbine (2002) e Fahrenreit 9/11 (2004).
[2] Henry Ford, grande líder industrial e inovador do ramo automobilístico aparece no livro como aliado de Lindbergh também com um pé na realidade. Antissemita militante, curiosamente também cogitou candidatar-se à Presidência dos EUA, em 1923. Segundo Ken Silverstein (2000), no artigo “Ford e o Führer”, a empresa americana colaborou com Hitler no esforço de guerra por meio de sua subsidiária alemã até oito meses depois dos EUA declararem guerra à Alemanha.
[3] De fato, o filho do casal Lindbergh, Charles, Jr. foi sequestrado e morto em maio de 1932.
[4] O escritor americano Gore Vidal (2000) defende o argumento de que houve a tal conspiração e que Lindbergh teria sido manipulado por ambos os lados – pró e contra a guerra –, decidindo-se pela neutralidade e difamado pelos apoiadores. Assim, segundo Vidal, Lindbergh não seria o antissemita proposto, mas um sincero defensor de uma América neutra. Creio que fica difícil de concordar com Vidal, após os fatos que provam a aproximação do aviador com os líderes nazistas e suas declarações públicas contra os judeus e outras minorias.

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