Muito original esta novela que estrutura um mundo futuro
complexo e bem diferente do nosso, na verdade um mundo espacial e onde as
paixões humanas continuam poderosas e impiedosas. Imensas naves espaciais
atravessam o Cosmos, representando o conjunto de nações e continentes; um
policial, Lucca Costa, da nave latina, investiga um crime que apresenta
conotações peculiares. A Latina é uma das super-naves da Frota Real de
colonização extra-solar. Sim, este futuro é monárquico, como aliás muitos
mundos imaginados pela ficção científica.
A novela é hábil e instigante, porém admite alguns
questionamentos. Por exemplo, por que o uso da expressão “sci-fi” — um
estrangeirismo de pouco trânsito no Brasil — no subtítulo? E por que o próprio
título da obra é “Names” e não “Nomes”? É um detalhe interessante que o nome
que a pessoa usa, ou que deixa de usar, é algo de extraordinária importância na
trama. Idem os meandros da política, onde nem tudo é o que parece, e onde a
liberdade é posta em xeque por sutis manobras. Isso fica evidente quando Lucca
e seus companheiros de investigação se vêem impotentes para dar solução
definitiva ao caso.
É aos poucos que a gente toma gosto pela trama, que acaba num
gancho excitante para uma possível continuação.
— Miguel Carqueija
Fico muito honrado pela resenha. Obrigado Miguel!
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