domingo, 28 de junho de 2020

O Planeta Fantasma (The Phantom Planet, EUA, 1961, PB)



     Direção de William Marshall. A humanidade possui uma base de pesquisas na Lua, de onde foguetes partem para explorações espaciais. Porém, um imenso objeto parecido com um planeta tem causado destruição colidindo contra naves terrestres, surgindo de repente no espaço e desaparecendo misteriosamente. Apelidado de “planeta fantasma”, um astronauta renomado, Capitão Frank Chapman (Dean Fredericks), é enviado numa missão de investigação, junto com o Tenente Ray Makonnen (Richard Weber), que acidentalmente se perde no espaço ao tentar reparar um problema externo no foguete. Quanto à Chapman, ele acaba pousando no tal planeta chamado Raiton, que abriga uma raça de humanóides em miniatura, uma civilização avançada tecnologicamente (tanto que transformaram o planeta numa espécie de nave gigante), mas que preferiram viver de forma primitiva, abolindo as máquinas e o luxo de uma vida entediante, optando pela luta pela sobrevivência. O astronauta terrestre também diminui de tamanho em contato com a atmosfera local e passa a viver entre os alienígenas, liderados pelo veterano Sessom (Francis X. Bushman), tendo que enfrentar a antipatia do rival Herron (Anthony Dexter), além de escolher uma namorada entre a loira ambiciosa Liara (Coleen Gray) e a bela morena silenciosa Zetha (Dolores Faith), enquanto planeja um meio de retornar ao tamanho natural e voltar para a base lunar. 

     Curiosamente, o filme é ambientado em 1980, um futuro de duas décadas em relação à época de produção (1961), com a Terra mantendo uma base na Lua e com viagens espaciais regulares, porém, ao contrário das previsões otimistas dos escritores de ficção científica, após cerca de três décadas depois desse período abordado no roteiro, ainda caminhamos lentamente em relação à exploração espacial. 

     “O Planeta Fantasma” tem fotografia em preto e branco e foi lançado em DVD juntamente com a space opera italiana “Batalha no Espaço Estelar” (1977). A história é até interessante, abordando um planeta que se move como uma nave e é habitado por uma civilização miniaturizada que vive uma situação paradoxal, possuindo grande conhecimento científico e ao mesmo tempo preferindo uma vida primitiva ao extremo. Os efeitos especiais são precários e exageradamente toscos, apesar da produção de cerca de meio século atrás, onde destaco no quesito “momento bagaceiro” o ataque das naves incendiárias dos solarites, uma raça inimiga dos humanóides, e a presença de um destes alienígenas horrendos com olhos esbugalhados, interpretado pelo gigante ator Richard Kiel, escondido numa fantasia de borracha típica dos filmes dos anos 50 e 60, não faltando a clássica cena do monstro carregando nos braços uma bela mulher desacordada.

(Juvenatrix – 12/11/09)



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