segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Amor Satânico (Deadly Love, EUA, 1987)


É curioso notar que alguns filmes extremamente ruins e obscuros, que são completamente ignorados em seu próprio país de origem, receberam a lembrança de serem lançados no Brasil, independente do tipo de mídia. “Amor Satânico” (Deadly Love, 1987) é um deles, lançado por aqui em vídeo VHS pela “Poletel”, com direção e roteiro de Michael O´Rourke, sendo uma tranqueira tão ruim que é difícil de assistir, num imenso exercício de paciência do espectador em acompanhar o filme até seu desfecho.
Nos anos 60 um casal de namorados formado por Annie Butler (Cassie Brown) e o motoqueiro Buddy (Mark Oglesby) vive numa pequena cidade americana. Porém, o pai rico de Annie não aceita o namoro e durante um confronto com o rapaz, ele é morto pelo capataz de sua fazenda, Clint (Jim Alves), que também nutre um amor platônico pela moça.
Vinte anos depois, Annie vive sozinha na fazenda após a morte de seu pai, e continua sofrendo por amor, tornando-se reclusa e conhecida pelos jovens locais como maluca, sendo atormentada por eles. Ela apela para os ensinamentos sobre um feitiço de um espelho mágico, consultando um livro de ocultisrmo, e após aprender como fazer um ritual de magia negra, seu antigo namorado retorna dos mortos para visitá-la. Ainda assim, ela se suicida e uma sobrinha herda a propriedade, Hillie (Eileen Hart), que faz amizade com um jovem da cidade, Skip (Buddy Reynolds), e não imaginam que uma figura sombria vestida como motoqueiro está rondando o local ao mesmo tempo em que corpos de jovens mortos começam a surgir.
“Amor Satânico” é bem datado, lembrando os anos 80, época de fitas cassete e discos de vinis tocados em vitrolas. A história é bem patética, com uma narrativa arrastada que afasta o filme de qualquer tipo de diversão, exceto talvez por alguns poucos momentos de violência com mortes sangrentas. O elenco é sofrível, com interpretações ruins e amadoras contribuindo para o desinteresse geral. O roteiro tenta criar alguma tensão com reviravoltas, mas não impede um resultado que apenas coloque o filme num merecido lugar no limbo das produções que ninguém viu, se lembra ou faz questão de se lembrar.
(Juvenatrix – 24/09/17)

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