domingo, 26 de fevereiro de 2017

A Hora do Terror (Witchcraft 7: Judgement Hour, EUA, 1995)


Na época do mercado de vídeo VHS no Brasil foram lançadas muitas porcarias em nossas locadoras. Uma delas foi o sétimo filme de uma extensa série de tranqueiras cujo nome nos Estados Unidos é “Witchcraft”. Com o subtítulo original de “Judgement Hour”, aqui recebeu o título de “A Hora do Terror” (1995), um fato que apenas reforça a incrível a falta de criatividade dos responsáveis pela escolha dos nomes para distribuição no Brasil, contribuindo para confundir e dificultar um trabalho de catalogação ou a pesquisa dos colecionadores de filmes de horror. Cuidado para não se enganar com outro filme lançado por aqui com o mesmo nome, “The Midnight Hour” (1985).
Dirigido por Michael Paul Girard, que também fez a parte 9 da série (1997), temos uma história básica sobre vampirismo, totalmente inexpressiva, com clichês cansativos, previsibilidade, piadas idiotas, efeitos toscos e muitas cenas com mulheres peladas, que é a principal característica da imensa série. Poderíamos até interpretar que “Witchcraft” é uma série de filmes eróticos com elementos de horror.
Um obscuro empresário romeno tem a intenção de tomar o controle dos bancos de sangue nos Estados Unidos, enquanto belas mulheres são assassinadas apresentando estranhas marcas no pescoço. As misteriosas mortes despertam a atenção de um advogado, Will Spanner (David Byrnes) e de uma dupla de policiais de Los Angeles, os detetives Lutz (Alisa Christensen) e Garner (John Cragen), que partem para uma investigação, descobrindo as atividades de um antigo vampiro.
Nada se salva nesse filme, que é o exemplo típico de tranqueira descartável que não diverte e somente consegue depreciar ainda mais o gênero. O cinema de horror é tão maltratado com filmes ruins e a série “Witchcraft” contribui significativamente para denegrir essa imagem. O mais importante para uma chance mínima de sucesso num filme é a existência de um bom roteiro. Em “A Hora do Terror”, a história é péssima e os atores são inexpressivos. É apenas um filme com belas mulheres sem roupas. E talvez, citaríamos o vampiro transformado numa criatura tosca no ato final, devido exclusivamente aos efeitos extremamente bagaceiros.
Curiosamente, a série “Witchcraft” tem treze filmes produzidos pela “Vista Street Entertainment” e foi anunciado o lançamento de mais outros três. Alguns deles foram distribuídos pela “Troma”. O personagem Will Spanner aparece em quase todos eles, interpretado por vários atores diferentes. A parte 5 foi lançada em DVD no Brasil com o título “Dançando Com o Mal” (Witchcraft V: Dance With the Devil, 1993), que saiu em 2004 num DVD lançado em bancas de jornais e revistas num mesmo disco, junto com outro filme, “A Lenda da Múmia” (The Legend of the Mummy, 1997).
(Juvenatrix – 26/02/17)

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