Produção em 3-D com fotografia em preto e
branco, trazendo Vincent Price, um dos maiores astros do Horror de todos os
tempos. A direção é do alemão John Brahm, com carreira mais associada às séries
de TV, e o roteiro é de Crane Wilbur, que também escreveu o anterior “Museu de
Cera” (53), igualmente com Price.
“A mágica é a ciência da ilusão, a arte de
dirigir pensamentos”, é o que diz o criativo artista Don Gallico (Price), especialista
em construir dispositivos e engenhocas na produção de ilusionismo para mágicos.
Porém, quando ele decide ter seu próprio espetáculo de mágica, é impedido por
questões contratuais, sendo obrigado a passar suas ideias e criações para o
inescrupuloso empresário Ross Ormond (Donald Randolph) e o mágico rival Rinaldi
(John Emery). Frustrado por perder o trabalho e a esposa interesseira, Claire
(Eva Gabor), e uma vez sedento por vingança, Gallico utiliza sua invenção com
máscaras que retratam com perfeição o rosto das pessoas (daí o título
nacional), e planeja eliminar seus adversários. Os assassinatos misteriosos
despertam a atenção da polícia, com as investigações sob o comando do Tenente
Alan Bruce (Patrick O´Neal), namorado da bela assistente de palco Karen Lee
(Mary Murphy). O detetive ainda recebe a colaboração de uma observadora
escritora de livros de mistérios e assassinatos, Alice Prentiss (Lenita Lane),
que se envolve com o caso ao se aproximar do mágico louco.
Filme curto com apenas 72 minutos, mais
considerado um thriller policial com elementos de horror, onde Vincent Price,
como sempre graças ao seu carisma único, rouba toda a atenção para si, como um
mestre dos disfarces num plano maquiavélico de vingança. Algo já característico
em muitas de suas interpretações como vilão em filmes como o já citado “Museu
de Cera”, ou nas cultuadas preciosidades dos anos 70, os dois episódios com o
Dr. Phibes e em “Teatro da Morte”, também conhecido como “As Sete Máscaras da
Morte”.
Curiosamente, “A Máscara do Mágico” foi
exibido em 3-D nos cinemas em seu lançamento na década de 50, e também é
considerado como o primeiro filme exibido nesse formato na televisão americana
em 1987, sendo necessária a utilização de um óculos especial para experimentar
os efeitos tridimensionais.
(Juvenatrix - 22/02/15)
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