Produzido e dirigido por William Castle
(1914 / 1977), o mesmo responsável por outras preciosidades como “A Casa dos
Maus Espíritos” e “Força Diabólica”, ambos do final dos anos 50 e com o ícone
Vincent Price, “13 Fantasmas” tem fotografia em preto e branco e recebeu uma
refilmagem sangrenta em 2001, com produção da “Dark Castle”.
Na história, o professor de paleontologia,
Cyrus Zorba (Donald Woods) está falido quando recebe a notícia que seu tio ocultista
e recluso morreu, deixando como herança uma imensa e tétrica mansão. O advogado
do falecido, Benjamen Rush (Maltin Milner, da série de TV “Rota 66” ), está tratando dos
documentos e informa que a casa é assombrada por fantasmas. Mas, o herdeiro ignora
e se muda com a família, a esposa Hilda (Rosemary De Camp) e os filhos, a jovem
Medea (Jo Morrow) e o pequeno Buck (Charles Herbert, que esteve em outros
filmes bagaceiros do período como “A Mosca da Cabeça Branca”). Uma vez na casa,
eles encontram uma sinistra governanta médium, Elaine Zacharides (Margaret
Hamilton), e são testemunhas de objetos que se movem sozinhos e aparições de
fantasmas que só podem ser visualizados através de óculos especial criado pelo
falecido tio, que estudava as ciências ocultas e o mundo sobrenatural.
Filme bastante ingênuo quando comparado
aos tempos modernos, com produções recheadas de CGI e histórias barulhentas com
sangue em profusão.
Pois em “13 Fantasmas” temos apenas um roteiro sem sangue e
violência, com uma mansão assombrada por fantasmas e uma nova família de
moradores que enfrenta a ameaça, além de uma trama paralela envolvendo uma
grande quantidade em dinheiro misteriosamente escondido e despertando cobiça.
Serviu muito bem para assustar as plateias da época, com as habituais jogadas
de marketing providas por William Castle, e atualmente serve como diversão pela
ingenuidade involuntária e para quem aprecia as características gerais de
filmes bagaceiros de baixo orçamento.
Curiosamente, temos uma tradicional sessão
espírita e uma brincadeira com o famoso tabuleiro ouija, na tentativa de
comunicação com os mortos. E os efeitos que apresentavam os fantasmas eram
conhecidos pela técnica “Illusion-O”, com os espectadores recebendo nos cinemas
óculos apropriado para a visualização. Numa versão mais completa do filme, o
próprio diretor e produtor William Castle explica como funciona o processo
através de um prólogo e epílogo.
(Juvenatrix - 24/12/14)
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