Direção de Larry Buchanan. Keith Ritchie
(Anthony Huston) é um cientista brilhante que inventa um sofisticado
equipamento capaz de se comunicar com o distante planeta Vênus. Paralelamente,
um importante projeto militar chefiado pelo também cientista Dr. Curt Taylor
(John Agar), consiste em lançar ao espaço um satélite a laser. Ao se comunicar
com Vênus, Keith entra em contato com uma criatura chamada Zontar, que utiliza
o satélite para se transportar até a Terra. Ele acredita que está fazendo algo
para o bem da humanidade, ou seja, um contato com uma raça alienígena superior
que nos ajudaria a acabar com as guerras e problemas de nosso planeta. Porém,
as intenções de Zontar são hostis, com objetivos de conquista num plano de
invasão para sugar a energia do planeta e que consiste em controlar autoridades
através de um sensor colocado em suas cabeças por morcegos venusianos. Dessa
forma, resta apenas a tentativa da bela esposa de Keith, Martha Ritchie (Susan
Bjurman), em alertar o marido sobre o equívoco em ajudar Zontar , e
também do amigo Dr. Curt Taylor, que logo percebe o plano maquiavélico do
alienígena e parte para o confronto para salvar a humanidade.
“O Monstro de
Vênus” é uma refilmagem de “It Conquered the World” (1956), dirigido por Roger
Corman e com Peter Graves, Beverly Garland e Lee Van Cleef. Foi lançado em DVD
junto com “A Primeira Espaçonave em Vênus” (1960), e tem a participação do ator
John Agar (1921 / 2002), conhecido por interpretar geralmente “cientistas
loucos” em inúmeros filmes “B” de horror e ficção científica como “Revenge of
the Creature” (1955), “Tarantula” (1955), “The Mole People” (1956), “The Brain
From Planet Arous” (1957), “Attack of the Puppet People” (1958), “Invisible
Invaders” (1959), “Journey to the Seventh Planet” (1962), “Women of the
Prehistoric Planet” (1967), entre outras pérolas do cinema fantástico de baixo
orçamento. O filme é uma tranqueira de proporções colossais, desde a produção
paupérrima, passando pelo roteiro superficial, até os efeitos especiais
bagaceiros, como o satélite a laser (um típico disco voador), os “injectopods”
(uma espécie de morcego alienígena ridículo cujas cenas dos ataques em vôos
rasantes são hilários de tão mal feitos), e o próprio Zontar, um monstro com
três olhos e um par de asas, que está entre os mais bizarros vilões dos filmes
sobre invasão alienígena. Na história, percebemos referências a clássicos da
ficção científica como “O Dia Em Que a Terra Parou” (1951), quando Zontar
paraliza o planeta, interrompendo todos os serviços de fornecimento de água,
luz, telefone e máquinas em geral, instaurando o pânico na população
desorientada, e “Vampiros de Almas” (1956), ao controlar as pessoas através de um
sensor instalado na nuca, transformando-as em seres obedientes, artificiais e
desprovidos de emoções. Como a maioria dos filmes do período, o roteiro também
explora a tensão da guerra fria, alegando que o corte de energia seria uma
sabotagem comunista, e que as pessoas controladas por Zontar seriam frias e
insensíveis.
(Juvenatrix - 12/11/09)
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