sábado, 28 de março de 2015

O Monstro de Vênus (Zontar, the Thing From Venus, 1966)


Direção de Larry Buchanan. Keith Ritchie (Anthony Huston) é um cientista brilhante que inventa um sofisticado equipamento capaz de se comunicar com o distante planeta Vênus. Paralelamente, um importante projeto militar chefiado pelo também cientista Dr. Curt Taylor (John Agar), consiste em lançar ao espaço um satélite a laser. Ao se comunicar com Vênus, Keith entra em contato com uma criatura chamada Zontar, que utiliza o satélite para se transportar até a Terra. Ele acredita que está fazendo algo para o bem da humanidade, ou seja, um contato com uma raça alienígena superior que nos ajudaria a acabar com as guerras e problemas de nosso planeta. Porém, as intenções de Zontar são hostis, com objetivos de conquista num plano de invasão para sugar a energia do planeta e que consiste em controlar autoridades através de um sensor colocado em suas cabeças por morcegos venusianos. Dessa forma, resta apenas a tentativa da bela esposa de Keith, Martha Ritchie (Susan Bjurman), em alertar o marido sobre o equívoco em ajudar Zontar, e também do amigo Dr. Curt Taylor, que logo percebe o plano maquiavélico do alienígena e parte para o confronto para salvar a humanidade.
O Monstro de Vênus” é uma refilmagem de “It Conquered the World” (1956), dirigido por Roger Corman e com Peter Graves, Beverly Garland e Lee Van Cleef. Foi lançado em DVD junto com “A Primeira Espaçonave em Vênus” (1960), e tem a participação do ator John Agar (1921 / 2002), conhecido por interpretar geralmente “cientistas loucos” em inúmeros filmes “B” de horror e ficção científica como “Revenge of the Creature” (1955), “Tarantula” (1955), “The Mole People” (1956), “The Brain From Planet Arous” (1957), “Attack of the Puppet People” (1958), “Invisible Invaders” (1959), “Journey to the Seventh Planet” (1962), “Women of the Prehistoric Planet” (1967), entre outras pérolas do cinema fantástico de baixo orçamento. O filme é uma tranqueira de proporções colossais, desde a produção paupérrima, passando pelo roteiro superficial, até os efeitos especiais bagaceiros, como o satélite a laser (um típico disco voador), os “injectopods” (uma espécie de morcego alienígena ridículo cujas cenas dos ataques em vôos rasantes são hilários de tão mal feitos), e o próprio Zontar, um monstro com três olhos e um par de asas, que está entre os mais bizarros vilões dos filmes sobre invasão alienígena. Na história, percebemos referências a clássicos da ficção científica como “O Dia Em Que a Terra Parou” (1951), quando Zontar paraliza o planeta, interrompendo todos os serviços de fornecimento de água, luz, telefone e máquinas em geral, instaurando o pânico na população desorientada, e “Vampiros de Almas” (1956), ao controlar as pessoas através de um sensor instalado na nuca, transformando-as em seres obedientes, artificiais e desprovidos de emoções. Como a maioria dos filmes do período, o roteiro também explora a tensão da guerra fria, alegando que o corte de energia seria uma sabotagem comunista, e que as pessoas controladas por Zontar seriam frias e insensíveis.
(Juvenatrix - 12/11/09)

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