Filme inglês estrelado pela dupla
Christopher Lee e Peter Cushing, dois dos maiores ícones do cinema de horror de
todos os tempos, e dirigido por Freddie Francis, de preciosidades como “O
Monstro de Frankenstein” (64), “A Maldição da Caveira” (65) e “As Torturas do
Dr. Diabolo” (67), entre outras.
O cientista Dr. Emmanuel Hildern (Cushing)
retorna de uma viagem para a Papua-Nova Guiné, na Oceania, trazendo na bagagem
o esqueleto de uma criatura ancestral e desconhecida, que possui um crânio
imenso. Ao chegar à Inglaterra vitoriana, ele inicia os estudos de sua nova
descoberta, na esperança de conseguir dinheiro para as dívidas e manter o
conforto de sua única filha, a jovem Penelope (Lorna Heilbron). Seu irmão
ambicioso, James (Lee), é o diretor de um asilo penal para pacientes
mentalmente insanos, e também tem grande interesse nas pesquisas do cientista,
fazendo questão de manter um clima de rivalidade entre eles. O paleontólogo
alega a descoberta de um vírus que seria responsável pela “essência do mal”
(daí o bem escolhido título nacional), que deveria ser tratada como uma doença
que poderá aniquilar a humanidade. Porém, ele é desacreditado e a situação
perde o controle quando o esqueleto se recobre novamente de carne após contato
com a água, fugindo após um acidente e espalhando o horror.
Em “A Essência da Maldade” encontramos os
elementos do horror gótico típico do cinema inglês, similar às produções da
“Hammer” ou “Amicus”. Porém, aqui dessa vez a produção é da “Tigon Pictures” em
parceria com a “World Film Services”. Peter Cushing interpreta novamente um
cientista abnegado que trabalha incansavelmente à procura de descobertas
científicas que possam ajudar a humanidade, e que se transforma em vítima pela
ousadia em invadir os domínios da ciência desconhecida. E Christopher Lee é o
vilão inescrupuloso despreocupado com o ser humano e interessado apenas em
projeção pessoal, não se importando em cometer crimes para a obtenção de seus
objetivos. O monstro, um esqueleto que volta a ter carne após contato com água,
é tosco ao extremo e diverte justamente por essas características. Recomendável
para fãs de Cushing & Lee e apreciadores em geral de bagaceiras antigas, especialmente
o horror gótico inglês.
(Juvenatrix - 31/12/14)
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