Direção de Noriaki Yuasa. Duas crianças, o
japonês Akio (Nobuhiro Kajima) e o americano Tom (Christopher Murphy), avistam
num telescópio caseiro um disco voador que aterrissou perto da casa do
primeiro, ao mesmo tempo em que um cientista, Dr. Shiga (Eiji Funakoshi), está
estudando a origem de misteriosos sinais vindos do espaço, sendo interrogado
pela imprensa. As crianças vão ao encontro da nave e ao entrarem no interior,
são transportados por controle remoto ao planeta de origem, chamado Tera, que é
similar ao nosso planeta, com mesma atmosfera, e situado no outro lado do Sol
(ideia reciclada e já utilizada em “O Alerta do Espaço”, 1956). Esse planeta é
habitado por duas mulheres, Barbella e Flobella, as únicas sobreviventes de uma
civilização avançada tecnologicamente, mas que permitiu que um computador
rebelde criasse monstros gigantes que dominam o lugar. As alienígenas
conseguiram aprisionar e manter sob controle como um cão de guarda um desses
monstros, Guiron, que é uma espécie de rinoceronte com uma lâmina de aço na
cabeça. Elas então sequestram as crianças para devorar seus cérebros e adquirir
seus conhecimentos, obtendo informações sobre a Terra. Mas o monstro voador
Gamera está atento e parte para o planeta para defender os pirralhos e travar
uma batalha contra Guiron.
Distribuído no
Brasil em DVD junto com “Destruam Toda a Terra” (1968), “A Batalha dos
Monstros” tem fotografia em cores e dublagem em inglês, sendo mais um episódio
dentro do universo ficcional da tartaruga gigante Gamera, que depois de ser
apresentada no filme de origem “Gammera – O Monstro Invencível” (1966), agora é
uma criatura “amiga das crianças” e “defensora da humanidade”. O roteiro é
completamente ridículo, cheio de diálogos banais, personagens insignificantes e
carregado de situações bagaceiras ao extremo. Todas as cenas com Gamera são
toscas e hilárias de tão mal feitas, com direito até a uma performance do
monstro numa espécie de barra acrobática parecendo um ginasta olímpico. Além de
outra cena memorável de tão ruim onde a tartaruga imensa, que a propósito, voa
pelo espaço com jatos propulsores, conserta uma nave cortada ao meio juntando
os pedaços e soprando como se fosse uma vela de aniversário. Tanto Gamera como
Guiron são interpretados por atores vestidos em trajes de borracha e com olhos
de peixe morto, e as cenas de batalhas entre ambos são memoráveis de tão ruins.
As instalações da base alienígena no planeta Tera possuem todos aqueles
elementos clichês dos filmes “B” antigos de FC, com cenários coloridos e
repletos de aparelhos eletrônicos futuristas.
(Juvenatrix - 12/11/09)
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