Direção de Koji Shima. Misteriosos
corpos luminosos surgem nos céus da capital do Japão, Tóquio, sendo avistados e
estudados por cientistas. São alienígenas do planeta Pairan com uma tecnologia
superior que querem alertar a humanidade sobre os perigos fatais de um planeta
desgovernado de outra galáxia que está em rota de colisão com a Terra. Com
dificuldade de comunicação, eles decidem assumir a forma humana, através de uma
sósia de uma cantora e dançarina famosa, Hikari Aozora (Toyomi Karita),
entrando em contato com um grupo de cientistas formado pelo Dr. Kamura (Bontaro
Miake), o físico Dr. Matsuda (Isao Yamagata) e o Dr. Toto Isobe (Shozo Nanbu).
A intenção dos extraterrestres é ajudar sugerindo um ataque com armas nucleares
no planeta para tentar destruí-lo ou desviar sua rota, mas o plano falha
restando uma última tentativa através de um potente explosivo cuja fórmula foi
criada pelo Dr. Matsuda e produzida com o auxílio dos seres do espaço.
Primeiro filme
japonês de Ficção Científica com fotografia em cores, “O Alerta do Espaço” tem
como maior destaque a presença dos alienígenas, mesmo que poucas vezes, num
excercício de bizarrice impagável, com atores fantasiados num traje amarelo em
forma de estrela e com um único olho imenso no centro, na altura da barriga.
Provavelmente, as criaturas do planeta Pairan estão entre as mais ridículas em
aparência da história do cinema bagaceiro de Horror e FC, e por isso mesmo
garantem uma diversão memorável. De resto, o roteiro esbarra em clichês o tempo
todo, com cientistas tentando encontrar um meio de salvar o mundo do choque com
outro planeta, além da presença de elementos de conspiração através de uma
organização secreta querendo se apossar da descoberta do explosivo. O desfecho
óbvio e previsível se resume com a interferência dos alienígenas na solução do
problema, cujas consequências também os afetariam, pois seu planeta possui
órbita similar ao da Terra, porém no outro lado do Sol.
Vale destacar
também que esse é um dos poucos filmes que procuraram retratar alienígenas com
intenções pacíficas ao invés de propósitos tiranos de invasão e conquista, como
a maioria esmagadora dos filmes do gênero. A cena de transformação de um
alienígena para a forma humana, através de uma máquina, é uma referência direta
ao filme alemão “Metrópolis” (1927), numa sequência similar entre um robô
mecânico e a personagem Maria. Foi lançado em DVD no Brasil junto com “Gammera
– O Monstro Invencível” (1965), numa versão dublada em inglês e legendas em
português.
(Juvenatrix - 12/11/09)
Nenhum comentário:
Postar um comentário