Os tubarões estão entre os animais mais
explorados pelo cinema. Depois que Steven Spielberg concebeu seu clássico
“Tubarão” (Jaws) em 1975, a
quantidade de filmes utilizando esses temíveis predadores dos mares é imensa,
com a grande maioria sendo produções bagaceiras com roteiros com excesso de
clichês e principalmente ideias bizarras ao extremo. Tem tubarões viajando em
tornados, em avalanches de neve, aparecendo em pântanos, tornando-se fantasmas,
mutantes diversos, gigantescos, pré-históricos, geneticamente modificados, e
até zumbis. Isso mesmo, tubarões mortos que atacam outros de sua própria
espécie e os humanos, transferindo uma infecção que transforma todos em mortos-vivos.
“Tubarões Zumbis” (Zombie Shark) é
apresentado pelo canal de TV “SyFy”, produzido pela “Active Entertainment” e
tem direção de Misty Talley, que foi o editor de outros filmes tranqueiras como
“Terremoto Aracnídeo” (2012), “A Cápsula do Tempo” (2012) e “O Tubarão Fantasma”
(2013). O roteiro horrível de tão ruim é de Greg Mitchell, o responsável pela
porcaria colossal “SnakeHead Swamp” (2014).
Um grupo de quatro jovens descerebrados
vai até um hotel fuleiro numa ilha. Jenner Branton (Ross Britz) é o único
homem, que está levando sua namorada Amber Steele (Cassie Steele), a irmã dela
Sophie (Sloane Coe) e a fútil Bridgette (Becky Andrews), todas garçonetes de um
bar. Lá chegando, depois de descobrirem que o hotel não tem nem estrelas de tão
ruim, e é administrado apenas por uma pessoa, Lester (Roger J. Timber), eles ainda
tem que enfrentar a fúria de ataques de tubarões que estão mortos, mas mordem e
destroçam suas vítimas. E quem é infectado transforma-se em zumbi. O líder dos
tubarões, chamado de Bruce, é inteligente e fugiu de uma base militar
científica próxima da praia que supostamente estava abandonada. Ele é o
resultado de experiências lideradas pela cientista Dra. Diane Palmer (Laura
Cayouette) com regeneração de tecidos mortos para utilizar em soldados feridos em combate. O chefe de
Segurança da base, Sargento Maxwell Cage (Jason London) está caçando o tubarão
e tenta ajudar os jovens turistas recém chegados à ilha, que estão
desprotegidos por causa de uma tempestade no continente que impede a
comunicação com a polícia ou guarda costeira.
No meio de tanta porcaria lançada aos
montes para todos os lados, situada dentro do cinema fantástico bagaceiro do
século XXI, alguns filmes até divertem pela precariedade da produção e
honestidade em apresentar um roteiro absurdo que brinca com os próprios
clichês. Mas, tem também os filmes ruins com excesso de defeitos que somente
conseguem entediar o espectador com overdoses de bobagens nas histórias e
amadorismo de seus realizadores. “Tubarões Zumbis” faz parte deste último grupo,
onde nada funciona, desde a história cheia de furos e com notável falta de
empenho do roteirista, passando pelo elenco inexpressivo que contribui para
torcermos pelas mortes violentas das personagens, e culminando com um trabalho
tosco com CGI vagabundo, com péssimos efeitos que não convencem e ainda
estragam qualquer tentativa de tornar alguma cena tensa. É o tipo de filme para
ser ver uma vez apenas por curiosidade, e se esquecer logo em seguida,
mandando-o para o limbo das produções que não acrescentam nada ao gênero.
(Juvenatrix – 13/09/15)
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