“Quando você chama um morto, todos os
outros podem ouvi-lo.”
Em 30/07/15 entrou em cartaz nos cinemas brasileiros o
terceiro filme da franquia “Sobrenatural”, que explora o sub-gênero do horror
com assombrações e fantasmas. “Sobrenatural: A Origem” (Insidious: Chapter 3)
tem agora direção de Leigh Whannell, o criador das personagens e também
conhecido pela história de outra franquia bem sucedida, “Jogos Mortais” (Saw).
O roteiro apresenta agora eventos
anteriores aos primeiros dois filmes, que tiveram o foco nas assombrações
perturbadoras envolvendo a família Lambert e as ações da sensitiva veterana
Elise Rainier (Lin Shaye) na tentativa de ajudá-los a enfrentar a ameaça de
seres atormentados que povoam o obscuro mundo dos mortos. Dessa vez, como o
próprio título nacional anuncia, trata-se de uma pré-sequência, que concentra
as atenções na figura da adolescente Quinn Brenner (Stefanie Scott), que quer
se comunicar com a mãe falecida. Ela pede ajuda para a experiente médium, mas o
contato com o mundo “mais além” permite que a garota seja perseguida por uma
entidade sobrenatural maléfica conhecida como “o homem que não pode respirar”
(Michael Reid MacKay).
Já é fato estabelecido que a franquia “Sobrenatural”
tem despertado o interesse de boa parte dos fãs, tanto que a série tem três
filmes. Porém, exceto pela carismática e veterana atriz Lin Shaye, que
interpreta uma sensitiva com poderes para transitar por uma dimensão habitada
por espíritos perturbados, a história esbarra inevitavelmente nos tradicionais
clichês do gênero, com os manjados sustos fáceis e um desfecho previsível, com
direito na cena final para uma “surpresa que não surpreende”.
Até temos a impressão de uma tentativa
honesta dos realizadores em apresentar elementos de horror que satisfaçam a
diversão dos apreciadores do cinema de horror, mas com um sub-gênero tão
saturado, fica extremamente árdua a tarefa de fugir dos clichês. Dentro dessa
ideia, a franquia “Sobrenatural” é apenas levemente acima da média, mas o bom
retorno das bilheterias tem impulsionado a consolidação de seu universo
ficcional.
(Juvenatrix – 13/08/15)
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