quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Sobrenatural: A Origem (Insidious: Chapter 3, EUA / Canadá, 2015)


Quando você chama um morto, todos os outros podem ouvi-lo.
Em 30/07/15 entrou em cartaz nos cinemas brasileiros o terceiro filme da franquia “Sobrenatural”, que explora o sub-gênero do horror com assombrações e fantasmas. “Sobrenatural: A Origem” (Insidious: Chapter 3) tem agora direção de Leigh Whannell, o criador das personagens e também conhecido pela história de outra franquia bem sucedida, “Jogos Mortais” (Saw).
O roteiro apresenta agora eventos anteriores aos primeiros dois filmes, que tiveram o foco nas assombrações perturbadoras envolvendo a família Lambert e as ações da sensitiva veterana Elise Rainier (Lin Shaye) na tentativa de ajudá-los a enfrentar a ameaça de seres atormentados que povoam o obscuro mundo dos mortos. Dessa vez, como o próprio título nacional anuncia, trata-se de uma pré-sequência, que concentra as atenções na figura da adolescente Quinn Brenner (Stefanie Scott), que quer se comunicar com a mãe falecida. Ela pede ajuda para a experiente médium, mas o contato com o mundo “mais além” permite que a garota seja perseguida por uma entidade sobrenatural maléfica conhecida como “o homem que não pode respirar” (Michael Reid MacKay).
Já é fato estabelecido que a franquia “Sobrenatural” tem despertado o interesse de boa parte dos fãs, tanto que a série tem três filmes. Porém, exceto pela carismática e veterana atriz Lin Shaye, que interpreta uma sensitiva com poderes para transitar por uma dimensão habitada por espíritos perturbados, a história esbarra inevitavelmente nos tradicionais clichês do gênero, com os manjados sustos fáceis e um desfecho previsível, com direito na cena final para uma “surpresa que não surpreende”.
Até temos a impressão de uma tentativa honesta dos realizadores em apresentar elementos de horror que satisfaçam a diversão dos apreciadores do cinema de horror, mas com um sub-gênero tão saturado, fica extremamente árdua a tarefa de fugir dos clichês. Dentro dessa ideia, a franquia “Sobrenatural” é apenas levemente acima da média, mas o bom retorno das bilheterias tem impulsionado a consolidação de seu universo ficcional.
(Juvenatrix – 13/08/15)

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