Exibido pelo canal de TV a cabo “SyFy” e
produzido pela “The Asylum”, “Guerras na Estrada” é o mockbuster de “Mad Max:
Estrada da Fúria” (2015). A direção e roteiro são de Mark Atkins, que já fez
várias tranqueiras para a mesma produtora como “A Batalha de Los Angeles”
(2011), “Jack: O Matador de Gigantes” (2013) e “Android Cop” (2014), entre
outros, com todos sendo cópias baratas de similares com distribuição nos
cinemas.
Num futuro pós-apocalíptico, grupos de
sobreviventes vagam em carros estranhos pelos desertos de um planeta com
escassez de água, e tomado por uma contaminação de um vírus que transforma as
pessoas em vampiros sedentos por sangue. O líder de um dos grupos é Dalas (John
Freeman), que tenta manter sua equipe reunida à procura de artefatos que possam
auxiliar na construção de armas e munições, além de equipamentos médicos para
tentar encontrar a cura para a epidemia. Nesse cenário de desolação, o desafio é
sobreviver contra os ataques de infectados conhecidos como “corredores da
noite”, e outros chamados de “andarilhos do dia”, que não são sensíveis à luz,
além das gangues rivais. Entre os sobreviventes desse mundo caótico, temos o
misterioso Thorne (Cole Parker), que foi encontrado sem memória vagando sem
rumo pelo deserto, e a guerreira Nakada (Chloe Farnworth), que vive com o
dilema entre matar seu namorado Kevin (Phillip Andre Botello) depois que foi
mordido por um infectado, ou mantê-lo vivo até conseguir encontrar uma cura
para a doença.
Em “Guerras na Estrada” temos alguns
elementos que nos remetem ao universo ficcional de “Mad Max”, com seu violento
mundo pós-apocalíptico e o desafio de sobreviver em meio ao caos. Mas, como uma
cópia reconhecida de baixo orçamento produzida pela “The Asylum”, que tenta
aproveitar o movimento em torno de um filme popular com apelo comercial como
“Mad Max: Estrada da Fúria”, comprovamos aquilo que já era esperado: um exmplo
de cinema ruim ao extremo. Uma vez apresentado como um filme de ação com
elementos de ficção científica e horror, o resultado final é lento, chato e com
pouca ação, indo na contra mão do entretenimento mínimo esperado num filme
desses. E ainda com uma mistura no roteiro, incluindo as manjadas temáticas de contaminação
e vampirismo, num conjunto de clichês dispensáveis. É o cinema bagaceiro do
século XXI. Porém, que mais aborrece do que diverte.
(Juvenatrix – 23/08/15)
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