Dirigido por Steven Daniels e escrito por
Colin Reese, em seus primeiros trabalhos, “A Queda da Terra” é mais um daqueles
filmes sobre catástrofes naturais exibidos pelo canal de TV a cabo “SyFy”.
Representando o moderno cinema fantástico bagaceiro do início do século XXI e
produzido pela “Cinetel Films”, estúdio responsável por uma infinidade de outras
tranqueiras similares, o filme traz os esperados elementos que devem relegar
sua existência inevitavelmente ao limbo, ou seja, um elenco inexpressivo num
roteiro óbvio, previsível e cheio de clichês, além de efeitos de CGI vagabundos.
Um corpo celeste imenso em alta velocidade
passa próximo da Terra criando um magnetismo intergaláctico que ocasiona a inclinação
do eixo do planeta em noventa graus. Outro efeito desse evento foi que a Terra
passou a ser atraída por ele, se afastando do Sol. E uma vez vagando sem rumo
pelo espaço, nosso planeta ficou no caminho de uma chuva de meteoros, numa provável
rota de colisão. Para completar o cenário apocalíptico, ainda temos a
ocorrência devastadora de tempestades de fogo e gelo, arrasando as cidades e
dizimando milhões de pessoas.
Em meio ao caos, uma típica família
americana tenta se reagrupar. Uma vez que o pai, o escritor Steven Lannon (Joe
Lando), a mãe, uma cientista trabalhando para o governo, Nancy (Michelle
Stafford), e a filha adolescente Rachel (Denyse Tontz), que estava num evento
de música numa cidade do interior, estão todos separados quando se inicia a
tragédia com a Terra saindo de seu eixo. Paralelamente, o governo dos Estados
Unidos, o país que sempre salva o mundo, tenta encontrar uma solução para o
problema, com o objetivo de recolocar o planeta na posição original e impedir a
extinção da humanidade.
“A Queda da Terra” apenas colabora ainda
mais com a “queda da qualidade” desses filmes de catástrofes com elementos de
ficção científica que são produzidos em grande quantidade nos Estados Unidos e
exibidos na televisão pela “SyFy”. Tudo é muito previsível na história, não
fugindo do trivial. Algo ameaça destruir o planeta (nesse caso, um corpo
celeste que tirou a Terra de seu eixo). Algo passa a ser o foco das atenções
para justificar os 90 minutos de projeção (uma família separada tentando se
unir novamente no meio da destruição global). E algo surge como uma tentativa
desesperada de salvação para o fim iminente (o governo tenta colocar em prática
um plano para reverter o processo de desestabilização do planeta, envolvendo
armamento nuclear e uma colossal reserva de gás natural).
Se o espectador desligar o cérebro, e
estiver disposto a ver uma história de catástrofe natural repleta dos mesmos
velhos clichês, talvez até consiga alguma diversão discreta. Caso contrário,
provavelmente o tédio virá à tona.
(Juvenatrix – 24/08/15)
Filme muito ruim, com coisas tão forçadas que ultrapassam o limite do ridículo. Fora as interpretações, epicamente horríveis.
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