“Sonhar com uma mulher
vestida de noiva significa morte, mas se o noivo é Satã, a morte é provocada
por forças do além.”
“Narco Satanico” é uma
produção obscura mexicana de 1968 dirigida por Rafael Portillo, que traz uma
história que mistura elementos de magia negra e satanismo com crimes passionais
e zumbis vingativos.
Vicki (Ana Luisa Peluffo) é
uma dançarina apaixonada pelo arquiteto Ricardo Santamaria (Gonzalo Aiza,
creditado como Carluis Saval), um homem rico e bem sucedido que é casado com
Barbara (Barbara Wells). Para conseguir a atenção dele, a inescrupulosa Vicki
apela para os serviços de magia negra de uma bruxa (Norma Somarriba) e num
ritual de satanismo ela faz um pacto com o demônio, oferecendo seu corpo e alma
em troca de juventude, beleza e poder sobre os homens.
Ela consegue seus objetivos
usando forças sobrenaturais para prejudicar Barbara e seus familiares. Porém,
depois que Vicki mata violentamente seu amante Ricardo depois de receber uma
orientação em sua mente do próprio diabo, ela passa a sentir na pele a fúria
vingativa do morto, cujo espírito se apossa do corpo de seu irmão Carlos
(também interpretado pelo mesmo ator).
O filme é uma tranqueira
extremamente ruim que somente diverte um pouco os fãs de cinema bagaceiro de
horror por causa das várias cenas de pesadelos de Carlos sendo atormentado num
cemitério tosco, entre túmulos sinistros e criaturas bizarras. Os efeitos de maquiagem
são tão precários que passam a ser inevitavelmente risíveis. Além da utilização
artificial e forçada de gargalhadas tétricas e uivos de lobo retirados de algum
efeito sonoro padrão. Tem também o zumbi Ricardo saindo apodrecido de sua cova e
retornando para o mundo dos vivos, arrancando literalmente as tripas de quem
cruzasse seu caminho, à procura de vingança e para cumprir uma promessa macabra
que fez para sua esposa.
A história é uma salada
indigesta com tantos elementos de horror misturados que o resultado final virou
uma bagunça com a tendência de desviar a atenção do espectador. Os vários cortes
bruscos de edição e uma parte irritante da trilha sonora contribuem ainda mais
para afastar o interesse, exceto apenas pelas mortes sangrentas e a atmosfera fantasmagórica
dos devaneios e cenas oníricas.
(Juvenatrix – 22/09/17)
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