“O Endereço do Medo” (The
House That Mary Bought, 1995) é uma produção inglesa para a televisão que foi
lançada em DVD no Brasil. Trata-se de uma história típica de suspense e
mistério, dirigida por Simon MacCorkindale (1952 / 2010), a partir de um
roteiro dele em parceria com Chris Bryant, baseado numa novela de Tim
Wynne-Jones.
Mary Close (Susan George)
pinta quadros e é casada com Malcolm (Ben Cross), um arquiteto que também gosta
de escrever. Eles vivem num belo casarão à beira mar, afastado da cidade.
Sozinhos depois da morte do filho, o casal conta apenas com a ajuda parcial de
uma empregada doméstica, Odette Callot (Chantal Gresset). Porém, as coisas
começam a se complicar depois que diversos eventos misteriosos e estranhos
passam a acontecer na enorme casa isolada, transformando o local no “endereço
do medo” do título nacional. E a “casa que Mary comprou”, do título original,
torna-se o palco de um mistério que poderia ser associado a assombrações ou
loucura dos moradores.
Os acontecimentos bizarros
geram um clima de tensão constante e crescente envolvendo o casal e também
amigos próximos como Alex Fischer |(Maurice Thorogood), o agente para exposição
dos quadros de Mary, ou a jovem Claire Benoit (Charlotte Valandrey), secretária
de Malcolm. Culminando com as investigações da polícia local, sob o comando do
Inspetor Jarrier (Jean-Paul Muel), que tenta em vão descobrir alguma coisa.
O filme é uma típica
produção para a televisão, sem elementos de violência ou cenas sangrentas, num
trabalho mais voltado para o suspense psicológico sobre o mistério da casa, com
um resultado final mediano, o que não deixa de ser interessante, uma vez que a
grande maioria dos filmes similares é descartável. Apesar de longo, com 104
minutos, sua história desperta uma empatia com o espectador na construção
relativamente bem sucedida de uma atmosfera de mistério que prende a atenção na
tentativa de descoberta da origem e motivação dos acontecimentos estranhos na
casa, com a inevitável influência no relacionamento do casal, progressivamente
mais conturbado.
(Juvenatrix – 08/09/17)
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