“Espaço 1999” (1975 / 1977)
é uma série de TV de ficção científica com produção inglesa de Gerry e Sylvia
Anderson, e que teve duas temporadas com 48 episódios de 50 minutos. Alguns
episódios foram compilados e transformados em telefilmes de longa metragem nos
anos seguintes. Um desses filmes para a televisão é “Ataque Alienígena” (Alien
Attack, 1976), dirigido por Charles Crichton, Lee H. Katzin e Bill
Lenny, numa reunião dos episódios número 1 “Breakaway” e número 4 “War Games”.
“Desde o início dos tempos quando o
Homem olhou para o Universo, nossa galáxia foi dominada pela Lua, o grande
satélite natural da Terra. Essa obsessão levou às explorações em meados do
século XX, culminando na base lunar de hoje. Um instrumento complexo e
adiantado, auto-suficiente em todos os aspectos. O centro de comando, Base
Lunar Alfa, é uma estação bem colonizada, monitorada regularmente e funcionando
bem. Sua existência foi possível pela alimentação com lixo nuclear da Terra.
Desta base as fronteiras podem se estender e a busca por outras formas de vida
tornou-se possível. Recebemos agora sinais do planeta Meta, que podem ser seres
inteligentes. A missão: sondagem com homens. A nave está pronta, a tripulação
completa o seu treinamento. O ano: 2100.”
Com essa introdução narrada, tem início
“Ataque Alienígena”, com a curiosidade de alterar o ano de 1999 (da série de
TV) para 2100, numa tentativa dos produtores em dar mais credibilidade para os
avanços tecnológicos. Na Terra, o Comissário Gerald Simmonds (Roy Dotrice),
nomeia o Comandante John Koenig (Martin Landau, 1928 / 2017) para chefiar uma
base científica na Lua com 300 homens e mulheres, e tentar descobrir a causa
misteriosa da morte de vários astronautas, com danos cerebrais graves sem
recuperação, causando surtos seguidos de morte, podendo ter alguma relação com
o lixo tóxico vindo da Terra e armazenado na Lua. Seu objetivo também é liderar
uma equipe de sondagem do planeta Meta. Para ajudá-lo, ele conta com o apoio da
responsável pela equipe médica, a Dra. Helena Russell (Barbara Bain), e também o
cientista Prof. Victor Bergman (Barry Morse).
Porém, ocorre uma explosão nuclear de
grandes proporções com os resíduos tóxicos estocados no lado oculto do satélite,
tirando-o da órbita da Terra rumando para o espaço infinito, carregando a base
Alfa e impossibilitando alguma ação de resgate, sendo considerada perdida. Uma
vez viajando sem destino, eles entram em contato com um planeta misterioso e um
confronto bélico é inevitável. De um lado, os humanos procurando um novo lar, e
do outro, os alienígenas bem mais avançados, representados por um humanoide
macho (Anthony Valentine) e uma fêmea (Isla Blair), que não querem ser
importunados pelos intrusos da Terra.
A primeira parte de “Ataque Alienígena”
é mais arrastada, com o foco na investigação do Comandante Koenig sobre o
mistério da radiação magnética que está levando os astronautas da base lunar à
loucura e depois morte, até a ocorrência da explosão que lançou a Lua sem rumo
no espaço. Depois, na segunda metade, com as ações de batalha espacial entre os
humanos e os alienígenas o ritmo narrativo ganhou intensidade com tiroteios, explosões
de bombas, naves destruídas e incêndios nas instalações de ambos os lados da
guerra.
Os efeitos especiais são datados dos anos
1970 e considerados ótimos para os padrões da época, com naves espaciais e instalações
da base lunar em miniaturas, além de cenários e figurinos futuristas, tudo sem
o apoio da computação gráfica que auxilia na concepção dos efeitos do cinema
moderno do século XXI.
Curiosamente, “Ataque Alienígena” foi
distribuído no Brasil em vídeo VHS pela “Office” e outros filmes de longa
metragem também foram lançados com compilações de episódios da série “Espaço
1999”, como “Journey Through the Black Sun” (1976), “Destination
Moonbase-Alpha” (1978) e “A Princesa Cósmica” (1982).
(Juvenatrix – 30/09/17)
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