quarta-feira, 3 de junho de 2015

O Mundo Romano de Silverberg

Roma Eterna (Roma Eterna), de Robert Silverberg. Mem Martins: Publicações Europa-América, coleção Nébula, n.101. Tradução de Susana Serrão, 352 páginas, 2006.


O escritor americano Robert Silverberg tem entre suas principais características a versatilidade temática. Já escreveu sobre todos os assuntos importantes da ficção científica, e na maioria das vezes trazendo um ganho de qualidade e uma visão muito particular, ainda que não necessariamente original.
Assim não é surpreendente que desde fins dos anos 1980 do século passado ele tenha entrado na seara da história alternativa, um dos subgêneros que vem ganhando cada vez mais adeptos, tanto entre escritores como entre leitores, especialmente nos Estados Unidos.
E Silverberg retorna à era antiga para tentar responder uma das mais candentes perguntas entre os fãs de história alternativa e – por que não? – também entre historiadores profissionais: Como seria o mundo até os nossos dias se o Império Romano não tivesse terminado?
Publicado em 2003 nos Estados Unidos, Roma Eterna é o que se costuma chamar de romance fix-up, isto é, aquele que reúne um conjunto de histórias interligadas dentro de um mesmo universo ficcional. Se partirmos para uma classificação mais precisa ou acadêmica, então, não temos em mãos um verdadeiro romance. Mas deixemos tal discussão para os teóricos literários. No caso desta análise o que importa é o conteúdo e a maneira como Silverberg tenta responder a pergunta acima, narrando de forma ambiciosa e despojada dois mil anos de história.
De início aponto também a surpreendente qualidade da tradução do livro. Acostumado com tantas traduções ruins dos livros portugueses de ficção científica, este aspecto certamente merece ser registrado, assim como também a bela ilustração de capa.
Vale notar que Roma Eterna fala não só da perenidade do Império Romano, mas também de seu tamanho. Estamos diante de um império que não só logrou continuar, mas que ainda se expandiu, um Estado mundial único. Existem várias outras histórias alternativas sobre a permanência de Roma, mas nem todas seguem esta opção. Como por exemplo, a trilogia de Kirk Mitchel (Procurator, 1984; New Barbarian, 1986 e Cry Republic, 1989), no qual o Império chega aos nossos dias, mas conservando apenas um pouco mais de sua extensão territorial.
O livro obedece a uma seqüência de eventos. Mas é curioso observar que as histórias foram escritas fora da cronologia. Desta forma, a noveleta que encerra o volume foi justamente a primeira escrita, em 1989. Este fato poderia sugerir certo afrouxamento entre as situações de uma história e outra, mas o autor teve o cuidado de não deixar pontas soltas e nem ser demasiadamente repetitivo em citar e contextualizar fatos e personagens de um texto para outro.
Silverberg abre com um “Prólogo”, que certamente foi escrito para sugerir caminhos dentro da obra, mas de saída causa impacto, ao informar que o êxodo do povo israelense do domínio egípcio fracassou... O leitor percebe a consequência disso? De forma sutil e rápida, o autor simplesmente exclui da história a religião posterior, que teria o maior número de fiéis e que foi uma das possíveis motivadoras para a própria queda do Império em nossa linha temporal.
Após esta introdução fugaz e decisiva, temos a primeira história propriamente dita, “Com Cesar no Submundo”. Estamos em 529 D.C. (ou melhor em 1282 A.U.C. – Ab Urbe Condita, a partir da fundação da cidade, exatos 753 anos antes da era Cristã). O Império Ocidental atravessa um momento de crise, tentando negociar uma aliança militar com o Império Oriental para evitar iminentes invasões de bárbaros germânicos na fronteira norte. O Imperador está muito doente e há incerteza sobre qual dos dois filhos realmente assumirá em caso de sua morte. A trama conta a chegada de um enviado do Imperador de Constantinopla para acertar os detalhes do acordo, que inclui o casamento de sua filha com o sucessor do trono romano.
O enredo político é saboroso, mas o que empolga é o contexto social do chamado submundo romano. Quer dizer, o que acontece nos subterrâneos da cidade, habitados por toda a sorte de artistas, vagabundos, místicos e prostitutas, aqueles que vivem uma vida ‘fácil’, fora das responsabilidades formais da sociedade.
Pois sob Roma há um enorme e profundo sistema de túneis e esconderijos, criados originalmente para proteger a elite política de uma eventual invasão. Mas como tal não acontece há séculos, o local passou a ser habitado por toda sorte de figuras. E o embaixador de Constantinopla faz questão de conhecer estes prazeres. E um dos irmãos que pode aceder ao trono tem a missão de guiá-lo, antes que a própria sorte do Império seja decidida. Pois é a partir desta história é que se tem o chamado ponto de divergência, ou seja, onde a história teria se alterado e permitido que o Império não sucumbisse à sanha bárbara. Silverberg capricha e torna este texto uma das melhores narrativas de todo o livro, o que permite que o interesse do leitor em virar a página para a próxima história esteja mais do que garantido.
E não haverá decepção com a próxima história. Em “Um Herói do Império”, damos um salto de 83 anos. Sob o governo de Maximiliano III, o Império do Ocidente – aliado ao do Oriente – derrotou as hordas bárbaras, fortaleceu sua política interna e prosperou economicamente. Esta história é importante porque explica como o islamismo jamais surgiu. O herói do título é um ex-auxiliar do Imperador Juliano que perdeu prestígio e foi exilado para o Oriente Médio.
Sem compreender muito bem a razão de sua desgraça, nem bem o que faria em tão distante lugar, Leandro Cérvulo conhece um sujeito carismático e com uma estranha pregação religiosa. Acredita em uma única deidade e pretende espalhar sua palavra aos povos do deserto. O romano antevê uma oportunidade de fazer alguma diferença aos olhos do Imperador, ao interpretar a pregação de Mahmud como algo subversivo e potencialmente perigoso aos interesses imperiais. Elimina um líder em seu nascedouro,  evita o surgimento de uma das principais religiões, a segunda grande crença monoteísta. Contudo e ironicamente, o romano é um herói anônimo, pois ele não tem como gozar de um reconhecimento de algo que não se tornou realidade.
O prólogo e estas duas primeiras histórias dão um alicerce para explicar como o Império Romano permaneceu. Mas é a partir da terceira que Silverberg começa a nos mostrar como ele se expandiu. Para isso o livro dá um grande salto histórico em “A Segunda Vaga”. Para usarmos o calendário de nossa linha temporal – sabiamente Silverberg usa a A.U.C. em seu universo –, estamos em 1108 dC. Sob o governo do Imperador Saturnino, Roma controla toda a Europa e a maior parte da África e da Ásia.
Estamos no clima de uma segunda tentativa de invasão de Nova Roma, as terras a oeste do Mar Oceano. A primeira tentativa havia sido um fracasso e esta narrativa dá conta de colocar em detalhes os planos, estratégias e a uma nova invasão propriamente dita. Os romanos ficam perplexos ao descobrirem não um povo, mas toda uma civilização, com grandes cidades e até mesmo exércitos. Tal como na primeira tentativa, Silverberg narra o fracasso da empreitada militar romana, mostrando que mesmo um Império tido como invencível em termos militares, também sofria derrotas significativas, vez por outra.
Curioso notar é como os romanos são expulsos do que eles chamam pretensiosamente de Nova Roma: menos do que a força militar numericamente maior dos maias, foi uma tempestade poderosíssima que adiou os planos romanos por mais uma geração. Sim, os romanos conquistariam Nova Roma – como é explicado de passagem numa  das próximas histórias –, mas esta é uma narrativa específica que o criador deste universo ainda está por nos contar.
Roma entrou em grave crise financeira por causa das duas aventuras militares malsucedidas. Estamos em 1198 dC, em “À Espera do Fim”. Nesta história, o império ocidental está em seus estertores, governado por um imperador fraco e incompetente. Constantinopla tira proveito da situação e cerca a cidade romana, conquistando-a. Assim, os gregos assumem o comando do império, numa situação algo chocante mesmo para o leitor. Afora esta troca de comando, o que dá sabor à história é o ponto de vista pelo qual ela é contada. Antipater é o responsável por traduzir os comunicados dos planos militares e transmitir ao imperador as notícias sobre a iminente derrocada da cidade romana. Silverberg inclui até um drama pessoal de Antipater, casado com uma descendente de gregos, que temia ser considerada uma traidora pelos novos dominadores.
O reinado grego dura duzentos anos, um período demasiado mesmo para os padrões ‘eternos’ dos romanos. Contudo, estamos em 1453 dC, com os romanos novamente no poder, reunificando asa duas capitais imperiais, por meio de um tratado. Em “O Posto Avançado do Reino”, é relatada a chegada de um novo procônsul para Venécia, uma província grega. Aqui o conteúdo político não é afastado, mas a história gira em torno do romance do novo governante Quinto Pompeu Falco e a bela grega Eudóxia, que pertencia à uma nobre família da região. Ainda que não seja uma história destituída de interesse, talvez seja a mais fraca do livro, por quebrar um pouco o ritmo das grandes intrigas, conquistas e revoluções tão presentes nos textos anteriores.




A próxima história nos fala em “Conhecer o Dragão”. Estamos em 1790 dC, já em pleno fim de século XVIII e o título da história faz uso de uma ambiguidade. Isso porque nos fala de dois imperadores: Um que está por vir e outro que já foi. Cada um à sua maneira, verdadeiros dragões, seja no sentido perdulário e corrupto, seja em termos do conquistador sanguinário. Há um personagem no meio destas duas figuras importantes, o arquiteto e historiador nas horas vagas, Pisandro. Ele está em uma ilha mediterrânea, a serviço de César Demétrio, o primeiro herdeiro na sucessão imperial. O sujeito é alienado e megalômano, com um estilo de vida parecido com vários imperadores do passado, figuras ao mesmo tempo sinistras e bizarras, como Caracala e Cômodo.
Pisandro não tem como recusar os seus pedidos extravagantes de construções de templos e suntuosos palácios, até porque vislumbra gozar das benesses do poder, quando Demétrio assumir o trono romano. Ao mesmo tempo, Pisandro tem fascínio pela história romana e em particular por um dos mais prestigiosos imperadores, o desbravador de mares e povos longínquos, Trajano VII, que passou a maior parte de seu reinado em viagens de pilhagens pela Terra, trazendo riquezas econômicas e culturais incalculáveis, num período que foi cognominado, simplesmente, de Renascença. Pisandro descobre um diário de viagem do imperador, dado como perdido, uma peça raríssima e valiosa. E por meio de sua leitura, descobre o lado sanguinário e cruel de um líder que ele tinha como modelo.
É uma história um pouco desequilibrada em seu enredo, com cortes abruptos entre o tempo presente e o resgate do passado, mas ilustra este traço comum da história romana, a do excessivo culto às personalidades e da aparente contradição de como uma estrutura política tão poderosa, é ao mesmo tempo institucionalmente tão fragilizada.
Pois está última questão está no subtexto das duas próximas histórias, as que constituem as duas melhores histórias do livro. A primeira delas é “O Reinado do Terror”, em 1815 dC. Pois estamos sob o reinado de Cesar Demétrio, agora renomeado Demétrio II. As contas públicas estão deficitárias, o nível de gastos do imperador excede em muito os impostos. Ao mesmo tempo, algumas importantes províncias européias se rebelam em movimentos de independência, como a Gália e a Hispânia. Cabe aos tesoureiros e aos generais controlarem os exageros e a incompetência imperial.
O Conde Valeriano Apolinário torna-se um grande líder militar, ao derrotar definitivamente as inssurreições gálicas e hispânicas. Ao voltar a Roma toma conhecimento de que também em termos fiscais e administrativos está havendo uma reação à completa ausência de governo. O líder desta reforma é o Cônsul Laércio Torquato, um velho amigo de Apolinário, extremamente capaz e firme em suas resoluções. Em demasia, como se torna cada vez mais notório, pois Torquato inicia também um programa de expurgos do que ele chama de uma corja corrupta que se aproveita das megalomanias do Imperador. Uma sombria e eficiente matança é posta em prática, assustando mesmo a Valeriano, como que a antever o perigo que tal iniciativa viesse a ter. Pois Torquato consegue subornar os guardas pretorianos, encarcerando o Imperador e isolando-o das ‘más influências’. Não contente, edita ordens para o assassinato de figuras eminentes da sociedade romana e de sua elite política, vários senadores.
Como que num efeito dominó, Roma passa a viver sob um estado de terror com centenas de pessoas condenadas à morte, supostamente em nome de uma ‘purificação dos maus costumes’. A exemplo do Terror que se seguiu à Revolução Francesa, por fim os próprios heróis e algozes experimentam de suas receitas e acabam sucumbindo. Termina em terror aquela era que ficara conhecida como a Segunda Grande Decadência.
A história a seguir é a novela “Via Roma”, talvez a mais brilhante de todas as escritas por Silverberg neste universo ficcional, indicada ao Prêmio Hugo em 1995. É uma clássica história de golpe palaciana, no qual parte da elite política e econômica do Império aplica um golpe de Estado e simplesmente derruba o Império, refundando o Estado em uma Segunda República. Por aí já se vê que é uma história importante, mas afora o aspecto propriamente político, o mais interessante é a forma e o enfoque em que o texto é elaborado.
Toda a trama se dá durante a chegada a Roma de um turista britânico, que vem passar as férias na capital do império mundial. Aporta em Nápoles e é recebido pela alta nobreza local, pois ele pertence a uma rica família da Ilha. Em uma festa conhece uma bela ragazza, filha de um cônsul, que o servirá como guia e amante no caminho que vai de Nápoles até a capital, através de Via Roma, uma autoestrada moderna, por onde já circula estranhos veículos movidos a motor de combustão. Estamos em 1850 dC, em pleno desenvolvimento da primeira fase da industrialização.
“Via Roma” é uma história bem contada em seus detalhes, da vida dos nobres, bem como da penúria do povo em geral, numa sociedade milenarmente marcada por uma clara divisão sociopolítica entre nobres e plebeus. A derrubada do Império se dá de forma cabal, eliminando não só o imperador mas todos os possíveis herdeiros naturais – à exceção de um menino que é salvo e exilado em uma distante província, conforme se verá na próxima história. Restaura-se a República, pelo menos em termos nominais, e Roma passa a ser governada por um Cônsul, como nos tempos anteriores a Augusto.
Afora certa inverossimilhança em como ocorre a queda do império, a esta altura do livro, não dá para deixar de sentir também um incômodo com a opção do autor em mostrar uma Roma eterna que, a despeito disso, mantém uma estrutura política quase imutável e que é sempre bem-sucedida em refrear pela força movimentos separatistas e impedir uma maior liberdade aos seus cidadãos. E tudo isso dentro de um arcabouço institucional extremamente frágil, muito dependente do voluntarismo e qualidade individual do governante de ocasião, o que revela tanto a força como a fraqueza de tal Estado e seus momentos de glória e decadência.
Ora, pois mesmo dentro desta perene estrutura imperialista, seria possível compatilhar o poder de forma não necessariamente impositiva. Fazendo uso, por exemplo, de arranjos políticos federativos, já colocados em prática desde tempos anteriores ao romano, pelos gregos.
Mas Silverberg não explora tais possibilidades de sistemas políticos mais sólidos, e cita apenas de passagem um movimento democrático em “Reino do Terror”, que é rapidamente derrotado. Mas é possível defender esta opção ‘imperial’ por duas razões principais. Primeiro, porque é uma interpretação de como seria o mundo não só com o domínio político de Roma, mas também com a perpetuação de seus valores e sua cultura, o que inibiria, em tese, o surgimento de idéias filosóficas ou movimentos políticos alternativos. Que, de fato, só ganham força em nossa linha temporal – ou ao menos ressurgem – a partir do século XV, com contestações iniciais do Absolutismo e do domínio do cristianismo romano, assim como as primeiras franjas de liberdade política.
Segundo, porque este mundo romano criado por Silverberg é em si diferente do real e talvez esta seja uma causa de sua permanência. Diferente pela simples razão de que esta Roma jamais conheceu uma religião monoteísta e extremamente influente, como o cristianismo. Ao politeísmo romano, devidamente permissivo aos outros cultos não romanos também politeístas, se institucionalizou uma espécie de paganismo, gradativamente banalizado junto a um materialismo espalhado como way of life de todo um Império de dimensões globais.
As duas últimas histórias colocam esta Segunda República Romana na contemporaneidade do século XX. Primeiro com “Lendas dos Bosques de Vênia”, mostrando como o domínio romano foi liberalizando e aceitando os costumes dos povos aos quais dominou. Aliás, esta sempre foi uma peculiaridade dos romanos. Não só dividir para governar. Mas adaptar-se os costumes alheios, para incluí-los no interior do seu domínio político.
Estamos em 1897 e a noveleta narra a descoberta daquele menino que poderia ter reclamado o trono e impedido a restauração da República. Já velho e abandonado é encontrado por um casal de crianças, mas acaba tendo problemas com um sistema político eternamente ditatorial e, como tal, impiedoso com qualquer possibilidade real ou simbólica de ter o seu poder desafiado.
A história que fecha o livro é – como disse no início deste texto – a primeira escrita pelo autor. “Rumo à Terra Prometida”, situada no ano de 1970 de nossa linha temporal, mostra a permanência e sobrevivência do povo judeu. Não mais do que um grupo étnico exótico e minoritário que viveu por milênios em terras do Oriente Médio, quase sempre sob o julgo de uma potência estrangeira. Pois é deste povo, tido como ‘escolhido’, que se faz um empreendimento em busca de liberdade à procura do Deus único. Nem que seja em outro planeta. Secretamente, um grupo de 500 deles se reúne em uma região desértica para uma aventura inédita e arriscada: lançar um foguete para atingir as estrelas.
Silverberg comenta na história que os romanos tinham cogitado atingir o espaço sideral, mas desistiram, menos por dificuldades tecnológicas, e mais por falta de objetivo econômico e, principalmente, claro, político, já que eles não tinham rivais para se preocuparem.
“Rumo à Terra Prometida” é uma história emocionante, tanto pelo desafio, como pelas consequências em um mundo que jamais conheceu uma alternativa religiosa ou política. Silverberg termina a história – e por efeito o livro – de forma crítica, utilizando o exemplo da aventura espacial como uma fuga dos grilhões da Pax Romana e pela esperança de que num outro mundo seria possível, viver com liberdade e igualdade entre os povos.
Roma Eterna reúne um conjunto de histórias instigantes, com a visão aguda e sensível de um dos principais autores da ficção científica, colocando a obra como uma das melhores referências recentes no subgênero da História Alternativa. E que pode ser apreciada tanto pelos aficcionados, como por leigos ou curiosos pela parte mais contra-factual dos eventos históricos. Seja qual for o interesse do leitor, o prazer da leitura está garantido.

Marcello Simão Branco é autor de Os Mundos Abertos de Robert Silverberg (Edições Hiperespaço, 2004).

2 comentários:

  1. Também já li «Roma Eterna», e precisamente na edição das Publicações Europa-América que é aqui referida. É, de facto, uma obra notável, imaginativa, empolgante, e que me inspirou a desenvolver um projecto igualmente no âmbito da história alternativa. O meu segmento preferido do livro é «A Segunda Vaga»: a ideia, o conceito, de uma guerra entre maias e romanos, depois de estes terem atravessado o Atlântico, é simplesmente espectacular.

    Já agora, e por curiosidade, poderia dar exemplos das «tantas traduções ruins dos livros portugueses de ficção científica» que leu?

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    1. Sim, várias edições das coleções Argonauta e Antecipação.

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