A produtora inglesa “Hammer” é normalmente
lembrada por seus filmes de horror gótico, mas também fazem parte de seu
catálogo histórias de aventura com elementos de fantasia, como “A Deusa da
Cidade Perdida” (1965), com direção de Robert Day e roteiro de David T.
Chantler, baseado em livro de H. Rider Haggard. E no elenco ainda temos a dupla
Peter Cushing e Christopher Lee, e eles atuam ao lado da estonteante atriz
suiça Ursula Andress, a “deusa” do título nacional.
Na Palestina de 1918, um arqueólogo a
serviço do exército inglês, Major Horace L. Holly (Peter Cushing), juntamente
com seu fiel mordomo Job (Bernard Cribbins) e o jovem amigo aventureiro Leo
Vincey (John Richardson), tentam descansar num bar dançante, bebendo,
conversando e se divertindo com as belas mulheres locais. Porém, a incrível
semelhança física de Leo com uma imagem num medalhão antigo, desperta uma
atenção especial e ele recebe um anel precioso e um mapa para localizar a
misteriosa cidade faraônica de Kuma, perdida no vasto deserto em direção à
África. Os três amigos montam uma pequena expedição com a esperança de
encontrar a cidade e possíveis tesouros. Kuma é governada com tirania por uma
linda e sobrenatural mulher chamada Ayesha (Ursula Andress), que tem o poder de
imortalidade, e que conta com o apoio do sumo sacerdote Billali (Christopher
Lee) para manter a ordem e obediência com os escravos. Ela acha que Leo pode
ser a reincarnação de seu amado companheiro de séculos atrás, Callicrates,
oferecendo-lhe a oportunidade de vida eterna com poder e riquezas.
O filme é uma típica aventura com
fantasia, daquelas que eram exibidas com frequência na saudosa “Sessão da
Tarde” da TV Globo. O tema de “cidade perdida” costuma despertar a curiosidade,
instigando a imaginação sobre as lendas de civilizações escondidas. Peter
Cushing, como sempre, lidera o elenco com seu talento característico, e
Christopher Lee aparece menos, ficando com um papel secundário, mas sua presença
sempre é motivo de interesse. E tem a beleza de Ursula Andress, no auge da
carreira na época, após atuar com Sean Connery no filme do agente secreto 007
em “O Satânico Dr. No” (1962).
O escritor Henry Rider Haggard é conhecido
por suas histórias de aventuras que inspiraram muitos filmes como “As Minas do
Rei Salomão” (1985) e “Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido” (1986),
ambos com Richard Chamberlain. Além de “She”, que recebeu inúmeras outras
versões no cinema.
“A Deusa da Cidade Perdida” teve uma
sequência em 1968, “A Vingança da Deusa” (The Vengeance of She), também com
produção da “Hammer”.
(Juvenatrix – 20/06/15)
Nenhum comentário:
Postar um comentário