sexta-feira, 5 de junho de 2015

Cyborg – O Dragão do Futuro (Cyborg, EUA, 1989)


Com produção da saudosa “Cannon”, de Menahem Golan e Yoram Globus, direção de Albert Pyun e com o ator belga Jean-Claude Van Damme, especialista em artes marciais, “Cyborg – O Dragão do Futuro” é um filme de ação e porradaria com elementos de ficção científica, na ambientação de um mundo pós-apocalíptico, devastado por uma peste. Além da presença de uma cyborg, numa mistura de mulher e máquina, carregando uma informação vital para a cura da doença que assola a civilização em decadência.
Van Damme é Gibson Rickenbacker, um homem que vaga pela cidade destruída de New York, num mundo selvagem em ruínas à procura de vingança pessoal contra um pirata chamado Fender Tremolo (o neo-zelândes Vincent Klyn), que lidera uma gangue que espalha terror e violência para os poucos sobreviventes do caos, e que tentam sobreviver num mundo desolado. Ele encontra em seu caminho uma moça guerreira, Nady Simmons (Deborah Richter), e juntos partem em busca dos piratas, que sequestraram uma mulher cyborg, Pearl Prophet (a canadense Dayle Haddon), que possui uma informação essencial que pode curar a praga que assola a humanidade. Eles estão levando-a para a cidade de Atlanta, onde estão os últimos médicos e cientistas que podem evitar a extinção da humanidade. A intenção do maníaco Fender é tornar-se um ditador sanguinário com o poder da cura da peste nas mãos, e até chegarem ao destino final, o caminho de sua gangue e do lutador Gibson se cruzará muitas vezes em confrontos violentos.
A história futurista é bem simples, com poucos diálogos (o personagem de Van Damme quase não fala, só distribui porradas), muitas lutas, tiroteios, perseguições e selvageria num mundo pós-apocalíptico. E nem precisa de explicações e conversas fúteis, pois o mundo está em colapso, destruído pela anarquia, genocídios e fome, e uma praga está dizimando o que restou da civilização humana, o que pode ser resumido num breve diálogo entre o monossilábico Gibson e a guerreira Nady:
- Já está acostumado? – pergunta a moça.
- Com o quê?
- A matança.
- Eu não fiz o mundo – responde o áspero Gibson.
- Não. Apenas vive nele.
O filme é até divertido dentro de sua proposta simples de mostrar pancadaria desenfreada e muita gritaria num ambiente futurista de desolação. Van Damme é um daqueles atores com imagem totalmente associada aos filmes de lutas, e que mesmo tentando fazer papéis um pouco diferentes, sempre será lembrado pelas produções de ação e porradas. Em “Cyborg”, sua escolha para o papel principal veio depois de atuar em outros dois filmes similares anteriores, “Retroceder Nunca, Render-se Jamais” (No Retreat, No Surrender, 1986) e “O Grande Dragão Branco” (Bloodsport, 1988), que lhe trouxeram notoriedade dentro do estilo que já tinha atores mais conhecidos como Chuck Norris, sem contar astros mais famosos como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger.
Curiosamente, vieram em seguida outros três filmes dentro desse universo ficcional: “Cyborg 2: Glass Shadow” (1993), “Cyborg 3: The Recycler” (1994) e “Cyborg Nemesis” (2014).
O roteiro de “Cyborg – O Dragão do Futuro” também é do diretor Albert Pyun, usando o pseudônimo Kitty Chalmers, e foi criado a partir do cancelamento da produção de “Masters of the Universe 2 – The Cyborg”, utilizando os vestuários e cenários idealizados para a sequência inexistente de “Mestres do Universo” (1987), com Dolph Lundgreen.
(Juvenatrix - 05/06/15)

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