Típico exemplo do cinema bagaceiro do
século XXI. Com produção canadense e direção de W. D. Hogan, de “Behemoth” e
“Earth´s Final Hours” (ambos de 2011). Foi exibido pelo canal de TV a cabo
“SyFy”, que ajudou na distribuição mundial. O título picareta já diz tudo, com
uma história de invasão alienígena no comemorativo dia 04 de Julho nos Estados
Unidos, data que lembra a sua independência. Curiosamente, o filme nem é
americano, com seus vizinhos de cima demonstrando falta de imaginação, e
optando por explorar um assunto que já é um clichê exaustivo. E o nome, com uma
junção oportunista das palavras em inglês “Day” e “Disaster”, também nos remete
ao anterior da década de 90 do século passado, com Will Smith, Bill Pullman e
Jeff Goldblum, mais conhecido e produzido com muito mais dinheiro.
Na história, uma pequena cidade do
interior dos Estados Unidos é destruída por imensas máquinas perfuradoras que
saem debaixo do solo, com o apoio aéreo de pequenas sondas esféricas voadoras,
equipadas com armas poderosas, e que estão em comunicação com uma imensa nave
mãe estacionada perto da lua. Logo é revelada uma invasão extraterrestre em
escala mundial, num ataque maciço com grande poder de destruição e caos global.
Para combater a ameaça mortal dos alienígenas é lógico que temos um improvável
time de heróis formado por cidadãos comuns que formarão a base da resistência.
O bombeiro Pete Garcette (Ryan Merriman), que é irmão do Presidente americano
Sam Garcette (Tom Everett Scott), encontra-se com Celia Lehman (Emily Holmes), uma
técnica do programa “S.E.T.I.” (Procura por Inteligência Extraterrestre). Eles
se juntam com um grupo de adolescentes que incluem o filho do Presidente,
Andrew (Keenan Tracey) e sua namorada Eliza (Andrea Brooks), além de um casal
de nerds especialistas em informática e invasão de sistemas de comunicação. O
grupo descobre uma arma capaz de anular o funcionamento das sondas voadoras alienígenas
e tenta avisar o exército num plano de retaliação contra os invasores.
Patético do início ao fim, barulhento,
sonolento, com elenco inexpressivo, CGI vagabundo e história entediante de tão
previsível, carregada de ufanismo americano. Eles são os salvadores do mundo,
nunca desistem, e nosso planeta sem a sua proteção certamente seria um alvo
fácil para qualquer invasão alienígena. São tantos filmes medíocres que
insistem nesse clichê que fica difícil criar algum tipo de sintonia com a
história. O resultado acaba surtindo um efeito contrário, com o espectador
impaciente obrigando-se a torcer pelo extermínio da humanidade e pelo sucesso
dos invasores vindos do espaço.
(Juvenatrix - 14/06/15)
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