Direção de William Marshall. A
humanidade possui uma base de pesquisas na Lua, de onde foguetes partem para
explorações espaciais. Porém, um imenso objeto parecido com um planeta tem
causado destruição colidindo contra naves terrestres, surgindo de repente no
espaço e desaparecendo misteriosamente. Apelidado de “planeta fantasma”, um
astronauta renomado, Capitão Frank Chapman (Dean Fredericks), é enviado numa
missão de investigação, junto com o Tenente Ray Makonnen (Richard Weber), que
acidentalmente se perde no espaço ao tentar reparar um problema externo no
foguete. Quanto à Chapman, ele acaba pousando no tal planeta chamado Raiton,
que abriga uma raça de humanóides em miniatura, uma civilização avançada
tecnologicamente (tanto que transformaram o planeta numa espécie de nave
gigante), mas que preferiram viver de forma primitiva, abolindo as máquinas e o
luxo de uma vida entediante, optando pela luta pela sobrevivência. O astronauta
terrestre também diminui de tamanho em contato com a atmosfera local e passa a
viver entre os alienígenas, liderados pelo veterano Sessom (Francis X.
Bushman), tendo que enfrentar a antipatia do rival Herron (Anthony Dexter),
além de escolher uma namorada entre a loira ambiciosa Liara (Coleen Gray) e a
bela morena silenciosa Zetha (Dolores Faith), enquanto planeja um meio de
retornar ao tamanho natural e voltar para a base lunar.
Curiosamente, o filme é
ambientado em 1980, um futuro de duas décadas em relação à época de produção
(1961), com a Terra mantendo uma base na Lua e com viagens espaciais regulares,
porém, ao contrário das previsões otimistas dos escritores de ficção
científica, após cerca de três décadas depois desse período abordado no roteiro,
ainda caminhamos lentamente em relação à exploração espacial.
“O Planeta
Fantasma” tem fotografia em preto e branco e foi lançado em DVD juntamente com
a space opera italiana “Batalha no Espaço Estelar” (1977). A história é até
interessante, abordando um planeta que se move como uma nave e é habitado por
uma civilização miniaturizada que vive uma situação paradoxal, possuindo grande
conhecimento científico e ao mesmo tempo preferindo uma vida primitiva ao
extremo. Os efeitos especiais são precários e exageradamente toscos, apesar da
produção de cerca de meio século atrás, onde destaco no quesito “momento
bagaceiro” o ataque das naves incendiárias dos solarites, uma raça inimiga dos
humanóides, e a presença de um destes alienígenas horrendos com olhos esbugalhados,
interpretado pelo gigante ator Richard Kiel, escondido numa fantasia de
borracha típica dos filmes dos anos 50 e 60, não faltando a clássica cena do
monstro carregando nos braços uma bela mulher desacordada.
(Juvenatrix – 12/11/09)
Nenhum comentário:
Postar um comentário