Produção inglesa com fotografia em preto e
branco, dirigida por Arthur Crabtree e com roteiro baseado na história “The
Thought Monster”, de Amelia Reynolds Long. Filme curto (apenas 75 minutos) da
década de 1950 do século passado, com história absurdamente divertida, e com dois
títulos nacionais. O primeiro e mais coerente pela tradução literal, “Monstro
Sem Face” (conforme o livro “Ficção Científica”, de Gilberto Schoereder, 1986),
e o outro pessimamente escolhido quando lançado em DVD, “O Horror Vem do
Espaço”, pois a história não tem relação com algo vindo do espaço.
As ações se
passam numa base militar americana e canadense, que trabalha com pesquisas com
energia nuclear para o desenvolvimento de um potente radar atômico que
possibilitaria espionar atividades suspeitas na antiga União Soviética, durante
o conturbado período da guerra fria. Porém, soldados e moradores de uma pequena
cidade próxima, aparecem mortos e estampando o horror em suas faces desesperadas.
O Major Cummings (Marshall Thompson) é destinado para invertigar os misteriosos
assassinatos e em paralelo, tenta defender a mocinha Barbara Griselle (Kim
Parker), irmã de uma das vítimas dos demônios invisíveis. Ele descobre relações
entre as bizarras experiências de um cientista, Prof. Walgate (Kynaston
Reeves), com a materialização de pensamentos e a influência destrutiva da
energia radiativa dos reatores atômicos da base militar, criando monstros
inicialmente “sem rostos” e depois visíveis na forma grotesca de um cérebro com
espinha dorsal.
Percebemos aqui uma influência e relações com a ideia central
do clássico de FC “Planeta Proibido” (1956), onde um terrível monstro
invisível, criado pela mente perturbada de um cientista, ataca um grupo de
astronautas que chegam num planeta colonizado por humanos. Com efeitos
especiais de “stop motion” complexos para a época, ao mostrar os monstros e
seus movimentos de ataque, e situado dentro do ambiente que retrata a paranoia
da guerra fria e o medo dos efeitos nocivos da energia nuclear, o filme “O
Horror Que Vem do Espaço” (na verdade, que vem do “pensamento”), é mais uma
garantia de diversão para quem aprecia essas preciosas tranqueiras do cinema
bagaceiro antigo de FC & Horror.
(Juvenatrix – 26/05/13)
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