“Doce Vingança” é uma refilmagem de um original de
1978 com o nome aqui no Brasil de “A Vingança de Jennifer”, escrito e dirigido
por Meir Zarchi, e conhecido pelos títulos “Day of the Woman” ou “I Spit On
Your Grave”. A nova versão tem direção de Steven R. Monroe, que enfatizou sua
intenção em homenagear o filme antecessor da década de 1970 do século passado. Teve
uma parte 2 lançada em 2013 pelo mesmo cineasta, porém não é uma continuação e
a opção dos realizadores foi criar outra história dentro do mesmo tema. E em 2015
foi lançada a parte 3, com direção de R. D. Braunstein, essa sim é uma
continuação direta com a mesma personagem Jennifer Hills e atriz Sarah Butler.
Recebeu o nome nacional de “Doca Vingança 3: A Vingança é Minha” (I Spit on
Your Grave 3: Vengeance is Mine).
Uma jovem e bela escritora, Jennifer Hills (Sarah
Butler), decide ir para um chalé afastado e cercado por uma floresta, para
ficar isolada e poder trabalhar em seu novo livro. Porém, ao chegar à cidade
próxima ao local de seu refúgio na natureza, ela chama a atenção por sua beleza
e características de uma garota da cidade grande. Ela então é visitada de forma
inesperada por quatro homens, que se juntam ao desonesto xerife local, que se
diz religioso e temente a Deus, mas na verdade tem um caráter desprezível. A
jovem escritora torna-se vítima de crueldades indescritíveis, sendo estuprada
violentamente na floresta. Porém, “a vingança é um prato que se come frio”, e
ela consegue sobreviver para dar o troco em seus algozes através de atrocidades
ainda piores.
Filme sangrento repleto de momentos de grande tensão,
principalmente a tortura física e psicológica sofrida pela protagonista,
fazendo-nos torcer por sua recuperação e sucesso no plano de vingança. O ser
humano consegue ser tão desprezível com atitudes de crueldade, que muitas vezes
é mais insignificante e rasteiro que os insetos que esmagamos sem perceber ao
caminhar. E não é nenhum spoiler revelar que, para nossa total satisfação como
apreciadores do cinema de horror, os estupradores são punidos de formas
terrivelmente dolorosas, apesar de sabermos que as ações meticulosas e precisas
da mulher vingadora são bem improváveis quando tentamos aproximar a história de
algo mais real.
(Juvenatrix – 03/02/14)
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