Exibido na televisão brasileira no
cultuado “Cine Trash” da Band, “Presentes” (Offerings) tem direção, roteiro e
produção de Christopher Reynolds. É um filme slasher de 1989 e extremamente
datado, onde tudo, desde trilha sonora, figurinos, diálogos, atmosfera e
história sobre um serial killer vingativo, nos remetem aos anos 80 do século
passado.
Após o abandono do pai, o menino John
Radley (Josh Coffman) parou de falar, e passou a viver recluso com a mãe megera
(Rayette Potts), sofrendo perseguições e bullyng dos vizinhos e colegas da
mesma idade, exceto pela amiga Gretchen (Kerri Bechthold), que o defende das
ofensas dos outros. Mas, um acidente num poço traria consequências trágicas
para John, que ficou deformado e foi internado numa clínica psiquiátrica pelos
próximos dez anos. Fugindo do hospício e agora adulto, John (Richard A.
Buswell) usa uma máscara para ocultar as feridas de seu rosto, e retorna para o
bairro onde viveu na infância à procura de vingança contra os antigos colegas
que o insultavam, como Kacy (Elizabeth Greene) e Linda (Heather Scott), além de
Jim Paxton (Jerry Brewer), David (Tobe Sexton) e Greg (Patrick H. Berry).
Enquanto ocorrem muitas mortes violentas e misteriosas, além de pedaços de
corpos serem oferecidos como presentes (daí o título), a polícia tenta
desvendar os assassinatos com a investigação do Xerife Chism (G. Michael
Smith).
Completamente influenciado por “Halloween:
A Noite do Terror” (1978), do psicopata mascarado Michael Myers, “Presentes” na
verdade não oferece nada que não sejam os tradicionais e manjados clichês do
subgênero “slasher”. Tudo é muito óbvio e previsível, e as cenas de mortes,
apesar de sangrentas em alguns casos, também estão longe de permanecer na memória
após alguns minutos do término do filme. Visto muitos anos depois, é lógico que
desperta aquele sentimento de nostalgia da década de 1980, um período muito
significativo para o cinema de horror, especialmente os filmes com psicopatas
chacinando suas vítimas das mais diversas maneiras, com Jason Voorhees, Michael
Myers e Freddy Krueger, entre outros, disputando um campeonato de empilhamento
de cadáveres. Mas, além da nostalgia oitentista, sobra pouco de um filme apenas
comum e que se perde na infinidade de produções similares.
O diretor e roteirista Christopher
Reynolds não seguiu a carreira, tendo um currículo pequeno, formado apenas por
esse “Presentes” e o seguinte “Lethal Justice” (1991).
(Juvenatrix - 24/12/15)
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