Em 1965 a produtora inglesa “Hammer” lançou a
aventura com elementos de fantasia “A Deusa da Cidade Perdida” (She), com a
dupla dinâmica Peter Cushing e Christopher Lee, e a estonteante Ursula Andress
no papel título. Três anos depois, o cultuado estúdio retornou com o mesmo
assunto lançando “A Vingança da Deusa”, dirigido por Cliff Owen (1919 / 1994),
e sem os astros do filme anterior, tendo apenas o retorno de John Richardson e
de André Morell, este em outro papel.
Uma belíssima jovem escandinava, Carol (a
Tcheca Olinka Berova), surge desorientada caminhando por uma estrada francesa,
indo parar numa praia onde decide nadar até o iate de propriedade de George
(Colin Blakely), casado com Sheila Carter (Jill Melford) e amigo do médico
psiquiatra Philip (Edward Judd). A garota tem um comportamento estranho e
misterioso e abandona o barco sem avisar, sendo ajudada em terra pelo sacerdote
místico Kassim (André Morell). Mas, coisas sobrenaturais acontecem com as
pessoas próximas à garota e ela desaparece num deserto no norte da África.
Philip, que nutre um interesse amoroso por ela desde que a viu pela primeira
vez, se une ao capitão do barco Harry (George Sewell), e juntos partem em sua
procura. A jovem garota tem habilidades que ainda não sabe controlar, e que
consistem no conhecimento e no uso de um profundo poder mental transformado por
rituais e símbolos numa força real viva para o bem ou para o mal. Ela pode ser
a reencarnação de uma rainha tirana chamada Ayesha (”aquela que deve ser
obedecida”), e sente que está sendo atraída pelo controle mental do sacerdote
Men-Hari (Derek Godfrey). Após se encontrar com Philip, eles caminham pelo
deserto e chegam à cidade perdida de Kuma, governada pelo rei Killikrates (John
Richardson), que conquistou a imortalidade num ritual mágico envolvendo um fogo
sagrado. Agora, o apaixonado Philip terá o desafio de tentar impedir o destino
de Ayesha reencarnada, e voltar com Carol para casa.
O roteiro de “A Vingança da Deusa”, de
autoria de Peter O´Donnell, tem elementos que o aproximam mais de uma
refilmagem do que propriamente uma sequência. Trocando os papéis da rainha
imortal Ayesha do primeiro filme com o rei imortal Kallikrates do segundo
filme, sobram muitas situações similares entre ambos. Por ser um filme da
“Hammer”, sempre desperta um interesse especial, mas é evidente que a falta da
participação de Peter Cushing e Christopher Lee, e claro, da beleza e carisma
de Ursula Andress, o segundo filme perdeu muito de sua força e potencial,
tornando-se apenas comum e com história reciclada.
(Juvenatrix – 24/12/15)
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