Também conhecido no Brasil como “O
Assassino das Sombras”, o filme foi exibido na TV a cabo “SyFy” como “O Vampiro
de Black Water”. Escrito e dirigido por Evan Tramel, em seu primeiro trabalho,
está situado dentro do sub-gênero “found footage”, com muita influência de “A
Bruxa de Blair” (The Blair Witch Project, 1999) e elementos de “O Bebê de
Rosemary” (Rosemary´s Baby, 1968) no desfecho.
Uma equipe de filmagem de documentários
está trabalhando no misterioso caso de assassinatos em série de mulheres nas
florestas geladas de Black Water, no Estado americano de Washington. As vítimas
são encontradas sem sangue e com uma enorme mordida no pescoço. A polícia
encerra o caso ao prender um morador da região, Raymond Banks (Bill Oberst
Jr.), que é condenado à morte de maneira suspeita. A equipe de documentaristas
é formada por Danielle Mason (Danielle Lozeau), Andrea Adams (Andrea Monier), o
cinegrafista Anthony Russell (Anthony Fanelli) e o técnico de som Robin Allen
(Robin Steffen). O objetivo é investigar os assassinatos, entrevistando os
moradores e visitando os locais onde foram encontradas as vítimas. Porém, ao
ficarem perdidos na floresta e sendo ameaçados por estranhos ruídos noturnos,
eles terão que lutar por suas vidas ao serem atacados por uma violenta criatura
de dentes pontudos.
Este é um daqueles típicos filmes do
cinema bagaceiro de horror do século 21. Ruim e repleto de clichês e ideias de
outros filmes, e que talvez um dia no futuro possa até ser cultuado justamente
por ser uma tranqueira que não agrega grande coisa ao gênero, mas que até
poderia divertir. Assim como fazemos com os filmes bagaceiros de roteiros
absurdos e efeitos toscos produzidos dezenas de anos atrás, principalmente as
preciosas tranqueiras dos anos 50 e 60 do século passado, podendo até se
estender à década de 80.
O estilo “found footage” já está saturado
ao extremo, mas ainda continua chamando a atenção dos realizadores. “O Vampiro
de Black Water” não apresenta nada que já não tenha sido explorado numa
infinidade de filmes anteriores, inclusive tem uma imensa similaridade com o já
citado “A Bruxa de Blair”. A opção do diretor em mostrar o monstro em vez de
apenas sugerir sua presença ameaçadora, com a artificialidade do CGI, também
contribui para situá-lo num imenso grupo de filmes apenas comuns. E pelo
título, é plenamente óbvio saber com antecedência a identidade da criatura. É
para assistir, tentar não dormir, talvez até se divertir um pouco, e esquecer
logo em seguida.
(Juvenatrix - 26/05/15)
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