Exibido na TV a cabo “SyFy” como “Os
Jacarés Mutantes”, também é conhecido por aqui como “Alligators – Crocodilos em
Fúria”. É uma produção americana de 2013 que tem dois títulos por lá: “Ragin´
Cajun Redneck Gators” e “Alligator Alley”. Ou seja, com tantos títulos,
torna-se evidente a imensa dificuldade em se fazer um trabalho de catalogação
dessas tranqueiras.
Dirigido por Griff Furst (de “Pânico no
Lago 3” e
outras porcarias similares), a história mostra uma jovem estudante, Avery
(Jordan Hinson), que retorna da faculdade para visitar a família em sua pequena
cidade natal, no Estado da Louisiana, que fica ao lado de lagos e pântanos onde
vive uma comunidade colossal de jacarés. Em seu retorno ela terá que enfrentar
a histórica rivalidade entre sua família Doucette e os vizinhos Robichaud, além
de administrar a dificuldade em namorar um rapaz da família inimiga, Dathan (John
Chriss), numa típica história “Romeu e Julieta”. E principalmente, ela terá que
lutar contra o ataque feroz de jacarés mutantes assassinos devoradores de
homens. Os enormes bichos foram contaminados por uma estranha “mistura azul”
tóxica despejada regularmente nas águas dos lagos que cercam a região,
transformando-os em criaturas enormes e violentas. E, além da ameaça natural
desses animais rastejantes, suas mordidas infectam as vítimas com uma
contaminação misteriosa que transforma as pessoas em jacarés.
Os americanos gostam muito de fazer filmes
bizarros e picaretas com tubarões assassinos. São tantas porcarias que é árdua
a tarefa de listar e acompanhar. Mas, eles também se divertem produzindo filmes
bagaceiros com outros animais como os jacarés, que são os protagonistas dessa
tranqueira ruim ao extremo, com um roteiro absurdo e CGI vagabundo.
E para quem tiver a corajosa intenção de
ver esse filme um dia, aviso que abaixo seguem alguns “spoilers” inofensivos, que
provavelmente não devem ser tão comprometedores para atrapalhar a diversão.
O filme é tão tosco que algumas cenas
conseguem até ficar divertidas e guardadas na memória por algum tempo para
serem citadas em conversas sobre cinema bagaceiro de ficção científica e
horror. Por exemplo, em determinado momento, os patriarcas das duas famílias
inimigas finalmente encontram a oportunidade de fazerem um duelo mortal, para
encerrarem o assunto da inimizade histórica. A questão bizarra é que um deles,
o pai da mocinha estudante que volta para casa, se transformou num imenso
jacaré depois de ser mordido por um destes bichos contaminados. Os dois ficam
de frente um para o outro, no melhor estilo dos duelos de pistoleiros dos
filmes de western, e ambos sucumbem ao mesmo tempo, com o jacaré acertando o rival
com o disparo de um potente espinho localizado na cauda, e o outro homem mata o
animal com um tiro de arma de fogo.
Continuando as bizarrices, ainda tem uma
cena onde um grupo de pessoas está encurralado por um crocodilo, e um deles tem
a ideia de arremessar o cachorro de estimação da família na boca do jacaré,
para ganharem tempo e poderem fugir. Ninguém imaginaria o destino do pobre
cachorrinho.
“Os Jacarés Mutantes” é apenas mais um
daqueles filmes ruins e patéticos demais, perdido na imensidão de produções
similares, e que um dia no futuro poderá até ser cultuado justamente por isso.
(RR - Juvenatrix - 30/05/15)
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