Direção de George Sherman, cineasta mais
conhecido pelos filmes de western, produção da “Republic” com fotografia em
preto e branco, e história baseada no conto “O Cérebro de Donovan”, escrita em
1942 por Curt Siodmak. Teve outras duas refilmagens, “Experiência Diabólica”
(Donovan´s Brain, 1953) e “The Brain” (1962).
Em “A Dama e o Monstro”, o “cientista
louco” Prof. Franz Mueller (o austríaco Erich von Stroheim) está trabalhando em
seu castelo no deserto do Arizona com experiências para tentar manter vivo o
cérebro mesmo após a morte do corpo. Auxiliado por dois assistentes, o Dr.
Patrick Cory (Richard Arlen) e a bela Janice Farrell (a atriz Tcheca Vera Hubra
Halston), o cientista tenta obter sucesso utilizando animais como um macaco
doente à beira da morte, mas seu interesse maior está em testar a experiência
em seres humanos.
Após surgir a oportunidade com o cadáver
de um famoso e misterioso milionário, William H. Donovan, morto no acidente com
a queda de um pequeno avião, o Prof. Mueller consegue êxito em manter o cérebro
vivo e ativo mergulhado numa solução química especial. Porém, continuando o
projeto científico com a tentativa de comunicação com o cérebro, eles não
imaginariam que o Dr. Cory seria controlado telepaticamente pelo cérebro de
Donovan, obrigando-o inconscientemente a fazer suas vontades obscuras,
colocando em risco a vida de todos.
A premissa central é de ficção científica
bagaceira com elementos de horror, típica dos anos dourados do cinema
fantástico das décadas de 40 a
60 do século passado, e nesse caso especificamente misturado com uma história
policial. Com 82 minutos de duração e uma interessante atmosfera sinistra nas
cenas no interior do castelo gótico, o filme apresenta os clichês
característicos dessas divertidas tranqueiras. Temos o tradicional laboratório
sombrio do “cientista louco”, que por sua vez tenta se convencer que seu
trabalho traz resultados para o bem da humanidade, através da capacidade em manter
vivo um cérebro separado do corpo morto, e com isso preservar o conhecimento,
sabedoria e pensamentos de personalidades importantes como cientistas,
inventores, escritores e estadistas.
Porém, apesar desses elementos do cinema
bagaceiro de FC sempre garantirem a diversão, temos alguns fatores negativos
que chegam a incomodar um pouco, mesmo para os apreciadores do estilo. A
atuação forçada e sem expressão da atriz Vera Hubra Halston, que deixa claro
que não possui as habilidades necessárias para a arte de atuar, e o roteiro que
dá maior enfâse para uma história policial com um assassinato misterioso e
pessoas interessadas em dinheiro, em detrimento do mais interessante que é a
ficção científica com horror.
(Juvenatrix - 10/05/15)
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