Na época do mercado de vídeo VHS no Brasil
foram lançadas muitas porcarias em nossas locadoras. Uma delas foi o sétimo
filme de uma extensa série de tranqueiras cujo nome nos Estados Unidos é
“Witchcraft”. Com o subtítulo original de “Judgement Hour”, aqui recebeu o
título de “A Hora do Terror” (1995), um fato que apenas reforça a incrível a
falta de criatividade dos responsáveis pela escolha dos nomes para distribuição
no Brasil, contribuindo para confundir e dificultar um trabalho de catalogação
ou a pesquisa dos colecionadores de filmes de horror. Cuidado para não se
enganar com outro filme lançado por aqui com o mesmo nome, “The Midnight Hour”
(1985).
Dirigido por Michael Paul Girard, que
também fez a parte 9 da série (1997), temos uma história básica sobre
vampirismo, totalmente inexpressiva, com clichês cansativos, previsibilidade,
piadas idiotas, efeitos toscos e muitas cenas com mulheres peladas, que é a
principal característica da imensa série. Poderíamos até interpretar que
“Witchcraft” é uma série de filmes eróticos com elementos de horror.
Um obscuro empresário romeno tem a
intenção de tomar o controle dos bancos de sangue nos Estados Unidos, enquanto
belas mulheres são assassinadas apresentando estranhas marcas no pescoço. As
misteriosas mortes despertam a atenção de um advogado, Will Spanner (David
Byrnes) e de uma dupla de policiais de Los Angeles, os detetives Lutz (Alisa
Christensen) e Garner (John Cragen), que partem para uma investigação,
descobrindo as atividades de um antigo vampiro.
Nada se salva nesse filme, que é o exemplo
típico de tranqueira descartável que não diverte e somente consegue depreciar
ainda mais o gênero. O cinema de horror é tão maltratado com filmes ruins e a
série “Witchcraft” contribui significativamente para denegrir essa imagem. O
mais importante para uma chance mínima de sucesso num filme é a existência de
um bom roteiro. Em “A Hora do Terror”, a história é péssima e os atores são inexpressivos.
É apenas um filme com belas mulheres sem roupas. E talvez, citaríamos o vampiro
transformado numa criatura tosca no ato final, devido exclusivamente aos
efeitos extremamente bagaceiros.
Curiosamente, a série “Witchcraft” tem
treze filmes produzidos pela “Vista Street Entertainment” e foi anunciado o
lançamento de mais outros três. Alguns deles foram distribuídos pela “Troma”. O
personagem Will Spanner aparece em quase todos eles, interpretado por vários
atores diferentes. A parte 5 foi lançada em DVD no Brasil com o título
“Dançando Com o Mal” (Witchcraft V: Dance With the Devil, 1993), que saiu em
2004 num DVD lançado em bancas de jornais e revistas num mesmo disco, junto com
outro filme, “A Lenda da Múmia” (The Legend of the Mummy, 1997).
(Juvenatrix – 26/02/17)
Nenhum comentário:
Postar um comentário