por Marcello Simão Branco
Um dos mais
conhecidos e influentes escritores da história da ficção científica, o inglês Sir
Arthur C. Clarke faleceu em 19 de março de 2008, aos 90 anos, em Colombo, Sri
Lanka, vítima de problemas cardiorrespiratórios. O autor tinha saúde frágil há
muitos anos, fruto de uma síndrome pós-poliomielite que se manifestou depois de
adulto, já no início dos anos 1960. A partir daí, passava a parte do tempo em
cadeira de rodas. Em 2008, o autor lançou seu último romance The last theorem,
em co-autoria com outro decano, o americano Frederik Pohl.
Clarke ficou
mundialmente conhecido e associado ao filme 2001, uma odisséia no espaço
(2001, a space odissey), dirigido
por Stanley Kubrick (1928-1999), em 1968. Ambos trabalharam juntos no roteiro,
a partir de um convite de Kubrick, que terminou por resultar num romance de
mesmo nome e no filme que mudou a face da ficção científica no cinema. Para os
aficcionados, porém, Clarke já era um nome respeitado há, pelo menos, desde o
início dos anos 1950.
Na melhor
tradição de uma ficção científica antecipatória, Clarke previu a descoberta do
satélite geoestacionário de comunicações em 1945 – que posteriormente recebeu o
nome de “Órbita de Clarke”. Como um especialista e visionário esteve na linha de
frente nas ideias que inspiraram o projeto espacial dos Estados Unidos nos anos
1960. Muito desse sentimento pode ser ilustrado com sua declaração para a
Sociedade Interplanetária Britânica, em 1946: “nossa civilização não é mais do
que a soma de todos os sonhos das idades anteriores. E tem de ser assim, pois,
se os homens deixarem de sonhar, se voltarem as costas às maravilhas do
Universo, acabará a história de nossa raça.”
Arthur Charles
Clarke nasceu em 16 de dezembro de 1917 em Minehead, condado de Somerset,
Inglaterra. Viveu a infância na fazenda da família e foi um ativo fã de ficção
científica nos anos anteriores à Segunda Guerra Mundial, no qual serviu na Real
Air Force (R.A.F.), como instrutor de radar. Depois da guerra, presidiu por
duas vezes a Sociedade Interplanetária Britânica, graduou-seem física e
matemática e publicou em 1946 sua primeira história profissional, o conto
“Loophole”, na revista americana Astounding Science Fiction. A esta
seguiu-se sua primeira história importante – e hoje clássica –, a noveleta Missão
de salvamento (Rescue party), em que uma missão extraterrestre vem à
Terra para resgatar a humanidade de uma destruição iminente, mas já encontra o
planeta evacuado pelos humano. Aqui no já aparecia o seu tema principal, a
projeção do ser humano no cenário cósmico. Clarke evocava as idéias de dos
autores ingleses que o precederam H.G. Wells (1866-1946) e Olaf Stapledon
(1886-1950), que abordaram muito a questão da evolução humana, alinhando-se,
nesse sentido, com o impulso pioneiro da ficção científica norte-americana e o
futuro de consenso desenvolvido nas revistas do gênero na época.
Com o sucesso
inicial, não demorou muito para o promissor cientista passar a ser cada vez
mais requisitado para escrever. Seja ficção ou divulgação científica. Como a
maior parte dos autores do gênero da época começa a publicar regularmente nas
revistas, como Anti-crepúsculo (Againt
the fall of night), em Startling Stories, em 1948. Sua primeira
história de ficção científica a aparecer como livro foi Prelude to space, em
1951, rapidamente seguida por Areias de Marte (The Sands of Mars),
de 1951, Ilhas no céu (Islands in the sky), 1952, e os clássicos A
cidade e as estrelas (The city and the stars), 1956 – que é uma
versão ampliada de Anti-crepúsculo – e O fim da infância (Chilhood’s
end), de 1953. Estes dois últimos livros e mais as suas celebradas obras de
não-ficção Interplanetary flight (1950)
e A exploração do espaço (The exploration of space), de 1952 –
uns dos primeiros livros a popularizar os conceitos de astronaútica e defender
a ida do homem ao espaço como algo factível tecnologicamente – estabeleceram
uma carreira de prestígio, com uma reputação nos dois campos, tornando-o uma
liderança intelectual, tanto para a ficção científica como para jovens
cientistas ligados à astronáutica.
O fim da infância fala
sobre o impacto na vida humana, caso ocorresse uma invasão extraterrestre, por
uma supercivilização tecnológica adiante da nossa. Para além dos efeitos
imediatos, o livro especula as consequências filosóficas e religiosas frente a
este acontecimento. Já A cidade e as estrelas, mostra como estará a
Terra daqui a um bilhão de anos, vivendo entre duas utopias: uma calcada na
técnica e outra no humanismo. Deste confronto gira um desenrolar lírico e
altamente especulativo.
Também nos anos
1950 Clarke escreveria algumas das narrativas curtas mais marcantes, como “A
sentinela” (“The sentinel”, 1951), “Todo o tempo do mundo” (“All the time in
the world, 1952), “Os nove bilhões de nomes de Deus” (“The nine bilion names of
God”, 1953) – premiado com um retro Hugo, em 2004 –, “Encontro no amanhecer”
(“Encounter in the dawn”), “A estrela” (“The star”, 1956) – que lhe valeu seu
primeiro prêmio na ficção científica, o Hugo de 1956 –, entre outros, reunidos
em duas excelentes coletâneas, O outro lado do céu (The other side of
the sky, 1958) e Sobre o tempo e as estrelas (Of time and stars,
1972).
Depois de um
casamento de apenas seis meses, em 1953 com Marilyn, uma jovem diretora de
atividades sociais em um clube na Flórida, muda-se em 1956 de Londres para
Colombo, na ilha de Sri Lanka, ao sul da Índia. Longe de se isolar, como em
princípio parecia, o autor sentiu-se mais livre para escrever seus livros e
praticar outras de suas paixões, a fotografia e o mergulho submarino que,
segundo ele, era o mais próximo que poderia chegar da sensação de flutuar no
espaço sideral.
Em 1962 publica
a obra de não-ficção Perfil do futuro (Profiles of the future)
e recebe o prêmio Kalinga, da Unesco, por sua contribuição em popularizar a
ciência. Este livro traz uma linha do tempo que vai até o ano de 2010,
descrevendo invenções e ideias, como uma “biblioteca global” em 2005 e a existência de um
presidente mundial em 2010. Também neste livro estão as suas chamadas “Três
Leis: 1) Quando um respeitado, mas idoso cientista diz que algo é possível, ele
está, quase certamente correto. Quando ele diz que algo é impossível, ele está,
muito provavelmente, errado; 2) A única maneira de descobrir os limites do
possível é se aventurar um pouco além deles e penetrar no impossível; e 3)
Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia.”
Em abril de
1964 começa sua parceria com o cineasta Stanley Kubrick, na preparação do roteiro
de 2001, em que dividiriam a autoria. Clarke é tão responsável pelo
filme maior da ficção cientifica como o seu genial diretor. A obra é uma
síntese da visão de mundo do autor. Se Kubrick deu uma moldura estilística
quase que perfeita, Clarke entrou com a substância. A combinação entre a
convicção na capacidade de realização do homem e a transcendência cósmica em
busca de uma causa maior para a nossa existência e o universo. O filme estréia
em 2 de abril de 1968 nos Estados Unidos e sua polêmica repercussão confere uma
grande notoriedade ao autor britânico. Quando a Apollo 11 chega à Lua em 20 de
julho de 1969 ele é o comentarista convidado da rede de televisão americana
CBS, ao lado do lendário apresentador Walter Cronkite e do astronauta das
missões Mercury Wally Schirra. Seria a primeira das várias participações
de Clarke, comentando cada uma das missões Apollo posteriores.
Com isso,
Clarke torna-se a face pública da ficção científica no mundo, um ícone que combinou
rigor intelectual com uma visão otimista e utópica, quase mística, das
possibilidades de progresso humano. A despeito disso, Clarke não era ingênuo e
considerava-se como “modestamente otimista” acerca da possibilidade da
humanidade sobreviver aos sombrios tempos da Guerra Fria, com suas milhares de
ogivas nucleares.
Em 1971 publica
a noveleta “Encontro com Medusa” (“A meeting with Medusa”), que lhe confere o
prêmio Nebula. Outros prêmios seguiriam dentro da ficção científica nos anos 1970,
como conferido ao romance Encontro com Rama (Rendesvous with Rama), com
o Hugo, Nebula, Locus, John Campbell Memorial e British Science Fiction, o que
o tornou, na época, o mais premiado romance da história do gênero. É um tour-de-fource
de rigor conceitual e especulação ousada sobre o que ocorreria se chegasse ao
Sistema Solar uma gigantesca nave extraterreste, aparentemente desabitada. E em
1979 com o magnífico As fontes do paraíso (The fountains of paradise),
também vencedor do Hugo e Nebula, em que imagina a construção de um elevador
que iria da superfície da Terra até um satélite em órbita. Uma idéia que vem
sendo estudada pela Nasa. Também nos anos 1970, publica Terra imperial (Imperial
Earth, 1975), pioneiro por abordar em profundidade a questão da clonagem
humana, muito antes deste assunto ser relevante.
A partir dos
anos 1980 a dedicação do autor à escrita diminui em vista dos seus outros
interesses e à demanda por sua colaboração em diversos projetos de preservação
ambiental e fomento à ciência e tecnologia. Em 1981, por exemplo, apresenta a
série de televisão para a rede britânica Yorkshire, Mysterious world,
que em 1984 teria a seqüência Arthur Clarke’s world of strange powers.
Nas duas dá explicações racionais para fenômenos incomuns, vistos como
sobrenaturais. Um livro com o resumo dos
temas e episódios saiu no Brasil: O mundo misterioso de Arthur C.
Clarke (Arthur C. Clarke’s mysterious world), de Simon Welfare e
John Fairley.
Depois de
receber uma carta do escritor brasileiro Jorge Luiz Calife e uma milionária
oferta de adiantamento de US$ 2 milhões de sua editora nos Estados Unidos,
Clarke escreve uma continuação para o clássico 2001. Em 1982 chega às
livrarias 2010, uma odisséia no espaço II (2010: Odissey two),
que se não tem a mesma relevância do original, ao menos é um bom livro e rendeu
uma igualmente boa adaptação ao cinema, em 1984.
Com o aumento
de sua requisição para vários interesses, Clarke passa a usar seus livros como
um meio de arrecadação para entidades científicas. Com isso, sua carreira
literária entra numa segunda fase, com uma queda na qualidade bastante visível.
Repete-se os temas ou serializa-se histórias e em parcerias com outros autores.
Uma tendência verificável é que sua obra assume um tom mais realista, a par com
o conhecimento científico do momento, o que empobrece um de suas melhores
virtudes, a capacidade de estrapolação visionária, vista em suas obras
clássicas dos anos 1950 a 1970. Dois de seus livros mais notórios viram séries,
como três continuações para 2001 e três para o romance original Encontro
com Rama. Destes livros, destaca-se pelo menos dois com mais criatividade, O
fantasma das grandes banquisas (The ghost from the grand banks,
1991) – sobre um resgate ao Titanic – e O martelo de Deus (The hammer
of God, 1993) – sobre uma missão espacial que tenta desviar um asteróide em
rota de colisão com a Terra. Este rendeu-lhe um Prêmio Nova, como “Melhor Livro
de Autor Estrangeiro” no Brasil, em 1993.
Em consequencia
de sua popularidade e influência recebe grandes homenagens. No campo da ficção
científica britânica é instituído em 1987, o Prêmio Arthur C. Clarke, para o
melhor livro publicado na Grã-Bretanha. Um ano antes é distinguido Grande
Mestre Nebula, pela Science Fiction and Fantasy Writers of America e vence em
sua carreira quatro prêmios Hugo e três Nebula, entre outros. A Nasa também o
homenageou, primeiro com o nome de Odyssey ao módulo de comando da
Apollo 13 e depois com a missão marciana de 2001, chamada de Mars Odissey.
Clarke ainda tem o nome de um asteróide, assim como de uma espécie de
dinossauro herbívoro, o Serendipaceratops arthurclarkei, descoberto em
Inverloch, Austrália. Ele também recebeu títulos reais, como o de Commander of
the British Empire (C.B.E.), das mãos da rainha Elisabeth II, em 1989 e o de Sir,
no ano 2000. Antes de receber este último viu-se envolvido em uma acusação de
pedofilia pelo jornal inglês The Sunday Mirror. Após investigação do
caso, nada foi provado e o jornal se retratou em 2000.
A queda de
qualidade a partir da década de 1980 leva alguns críticos a questionarem se, de
fato, Clarke era um grande escritor. A seu favor pode-se dizer que seus
melhores romances, O fim da infância, A cidade e as estrelas e Encontro
com Rama, e contos como “Missão de salvamento”, “Encontro no amanhecer” e
“A estrela”, entre outros, são obras-primas. E se por um lado não era virtuoso
no sentido literário do termo – apesar da limpidez e lirismo em seus melhores
momentos –, e não deixou em sua obra a marca de grandes personagens, o mais
complexo deles talvez seja o computador Hal 9000 de 2001. Por outro foi
ousado em relação a um dos argumentos mais caros à literatura de gênero: as
ideias. Nisso levou a ficção científica a um patamar poucas vezes visto, talvez
só superado por H.G. Wells antes dele.
Se Clarke era um autor afinado
com o racionalismo iluminista e via o desenvolvimento humano à luz da ciência,
cultivava, ao mesmo tempo, uma visão quase mística e religiosa, na sua postura
de transcendência humana diante dos mistérios do universo. Como se a busca
interior pelo sentido da existência – amparada por doutrinas filosóficas e
principalmente religiosas – estivesse destinada a ser encontrada na vastidão
cósmica desconhecida que nos espera, caso consigamos deixar o nosso berço, como
diria o cientista russo Tsiolkovsky.
Especialmente para aqueles que
o leram entre as décadas de 1960 a 1980, quando a exploração espacial tinha um
grande apelo, sua ficção científica tornou-a mais emocionante, ao colocá-la em
sua maior perspectiva, no qual os feitos de uma época se encaixam numa visão de
dimensões épicas, estendendo-se milênios no futuro. Não é por acaso que duas
gerações de escritores e cientistas foram afetados por seu trabalho. Deixa o
seu irmão Fred e a família adotiva com quem vivia em Colombo. Sir Arthur
Charles Clarke se vai como um símbolo da ficção científica e da cultura do
século XX, mas ainda deve influenciar este novo século.
No Brasil
No auge do sucesso de 2001 ele esteve no
Simpósio Internacional do Filme, realizado no Rio de Janeiro em março de 1969,
onde recebeu um troféu em forma de monolito, o artefato alienígena do de 2001
e chegou a proferir uma palestra “O futuro não é mais o que costumava ser”,
publicada no livro sobre o evento FC Simpósio/SF Simposium, editada pelo
organizador, José Sanz. Voltou em 1972, para participar de um congresso
internacional de informática, na PUC, de Porto Alegre. No começo dos anos 1980
recebeu uma carta de um escritor carioca,
Jorge Luiz Calife, com uma sugestão para continuar 2001, que
incluia o conto “2002” – depois publicado em uma edição da revista Manchete,
em 1984 e na revista Quark, n. 3, 2001. Clarke não só o atendeu, mas
ainda o agradeceu no posfácio da obra. Isso permitiu que a carreira de Calife
tivesse início, com a publicação de sua trilogia Padrões de contato, entre
1985 e 1991 – relançada em 2009 num único volume. Calife tem sido um fiel seguidor
da prosa e dos temas de Clarke como também em alguns contos de sua coletânea As
sereias do espaço (2001). No início dos anos 1990 havia um conjunto de
autores que praticava ficção científica hard, chamados em um artigo no
fanzine Somnium, de “Os filhos de Clarke”. Nem todos seguiram carreira
efetiva, mas entre os que mais se destacaram estão Henrique Flory, no romance Projeto
evolução (1989) e José dos Santos Fernandes, na coletânea Do outro lado
do tempo (1990). Mais recentemente, Clinton Davisson, no romance Hegemonia:
O herdeiro de Basten (2007) também recebe alguma influência do autor
inglês. (M.S.B.).
Bibliografia
em língua portuguesa:
Ficção científica:
= Anti-crepúsculo
(The lyon of Comarre and against the fall of night, 1948),
Editorial Panorama (Portugal), n. 29. Novelas.
= Areias de Marte (The sands of Mars, 1953), Editora
Bestseller, 1960 e Argonauta (Portugal), n. 162. Romance.
= Ilhas no céu (Islands
in the sky, 1952), Argonauta, n. 466. Contos.
= O fim da infância/A idade do ouro (Childhood’s
end, 1953), Nova Fronteira/Argonauta, n. 26)/Aleph. Romance.
= Expedição à Terra (Expedition to Earth, 1953),
Europa-América (Portugal), n. 143. Contos.
= Luz da Terra (Earthlight,
1955), Bestseller, 1973. Romance.
= A cidade e as estrelas (The city and the stars, 1956),
Coleção FC GRD 1967/Nova Fronteira/Abril/Devir. Romance.
= Encontro com o futuro (Reach for tomorrow, 1956), Pallas,
1975. Contos.
= Contos da taberna (Tales from the white hart, 1957).
Francisco Alves Editora, “Mundos da Ficção Científica”, n. 3. Contos.
= Odisséia no mar/A sexta parte do mundo (The deep range,
1957). Bestseller, 1974/Argonauta n. 239. Romance.
= O outro lado do céu (The other side of
the sky, 1958), Nova Fronteira. Contos.
= Histórias de dez mundos (Tales of tem
worlds, 1962). Nova Fronteira. Contos.
= Os náufragos do Selene/S.O.S. Lua e
Náufragos da Lua (A fall of moondust, 1961), Nova
Fronteira/Argonauta nos. 94 e 95. Romance.
= A sonda do tempo, org. (Time probe, 1966). Nova Fronteira.
Antologia com vários autores.
= 2001, odisséia espacial/2001, odisséia
no espaço (2001, a space odissey, 1968). Expressão e
Cultura/Europa-América, n.197/Europa-América Nebula, n.8./Aleph. Romance.
= Mundos perdidos de 2001 (The lost worlds of 2001, 1972),
Hemus, 1972. Não-ficção.
= Sobre o tempo e as estrelas (Of time and stars, 1972),
Nova Fronteira. Contos.
= O vento solar: histórias da era espacial (The
wind from Sun, 1972). Globo (RS), 1973. Contos.
= Os dias futuros (The best of Arthur C.
Clarke, 1937-1955, 1972), Argonauta, n. 334. Contos.
= Encontro com Rama/Rendes-vous com Rama (Rendesvous
with Rama, 1973), Nova Fronteira/Argonauta n. 317/Europa-América Nebula, n.
45/Aleph. Romance.
= Terra imperial (Imperial Earth,
1975). Nova Fronteira/Argonauta nos. 281 e 282. Romance.
= As fontes do paraíso (The fountains of paradise, 1979). Nova
Fronteira/Edições 70 (Portugal)/Aleph. Romance.
= 2010, uma odisséia no espaço II/2010: Segunda odisséia (2010:
Odissey two, 1982). Nova Fronteira/Europa-América, n. 210/Europa-América
Nebula, n. 4. Romance.
= As canções da Terra distante (The songs of distant Earth,
1986). Nova Fronteira/Europa-América n. 176/Europa America Nebula, n. 20.
Romance.
= 2061, uma odisséia no espaço III/ 2061: Terceira odisséia
(2061, odissey three, 1988). Nova Fronteira/Europa-América Nebula, n.
26. Romance.
= O berço dos super-humanos/Berço (Cradle, 1988).
Nova Fronteira/Europa-América Nebula n. 35. Romance.
= O fantasma das grandes banquisas/O fantasma dos grandes
bancos (The ghost from the grand banks, 1991),
Siciliano/Europa-América Nebula n. 42. Romance.
= O enigma de Rama/Rama II (Rama II,
1991), Nova Fronteira/Europa-América Nebula, n. 48. (Co-autoria de Gentry Lee).
Romance.
= O jardim de Rama (The gardem of Rama,
1991), Nova Fronteira/Europa-América Nebula, n. 59. (Co-autoria de Gentry Lee).
Romance.
= Rama revelado/A revelação de Rama (Rama
revealed, 1993), Nova Fronteira/Europa-América Nebula, n. 62. (Co-autoria
de Gentry Lee). Romance.
= O martelo de Deus (The hammer of God,
1993), Siciliano/Europa-América Nebula, n. 56. Romance.
= Richter 10 (Richter 10, 1996),
Mandarim. (Co-autoria com Mike McQuay). Romance.
= 3001, a odisséia final (3001: The final
odissey, 1997), Nova Fronteira/Europa-América Nebula, n. 63. Romance.
Antologias, revistas e jornais com contos e
artigos de sua autoria:
= Playboy, n. 88, novembro 1982. “2010 –
Odisséia II (1a parte).
= Playboy, n. 8, dezembro 1982. “2010 –
Odisséia II (2a. parte).
= Vruum, n.1, 7 de junho 1976. “Acidente em
Ícaro”(1a. parte).
= Vruum, n. 2, 21 de junho 1976. “Acidente
em Ícaro” (2a parte).
= Errantes entre as estrelas. Exposição do
Livro, sem data. “A beira do mar”.
=
Playboy, n. 45, abril 1979. “Em busca de um corpo”.
= Seleções n. 210, novembro 1988. “Uma carga
explosiva”.
= Ele/Ela, n. 246, dezembro 1980. “Carta do
futuro”.
= Mistério Magazine Ellery Queen, n. 140,
março 1961. “Um crime em Marte”.
= Vruum, n. 3, 5 de julho 1976. “Dentro do
cometa” (1a. parte)
= Vruum, n. 4, 19 de julho 1976. “Dentro do
cometa” (2a. parte).
= Vruum, n. 5, 2 de agosto 1976. “Um dia
inesquecível” (1a. parte).
= Vruum, n. 6, 16 de agosto 1976. “Um dia
inesquecível” (2a. parte).
= Máquinas que pensam. L&PM, 1985 e
2005. “Disque F para Frankenstein”.
= De Júlio Verne aos astronautas. Coleção
Argonauta, n. 100. “A estrela”.
= Ficção científica para quem não gosta de
ficção científica. Editora Cruzeiro, Coleção Galáxia 2000, n. 3, 1969. “A
estrela”.
= Imaginação Ltda. Editora Quatro Artes,
1965. “A estrela”.
= Zero Hora, 14 de agosto 1969, Porto Alegre
(RS). “A estrela”.
= FC Simpósio/SF Simposium. Instituto
Nacional do Cinema, 1969. “O futuro não é mais o que costumava ser”. Palestra.
= O Estado de S. Paulo, 6 de janeiro de
1999. “Um incentivo para viagens espaciais”. Artigo.
= Seleções, n. 227, abril 1990. “O inimigo
esquecido”.
= Alguns dos melhores contos de ficção científica,
volume 1. Moraes Editores, Coleção Aventura Interior, n. 4, Portugal, 1978.
“Uma lição de história”.
= Best seller de ficção científica. Portugal
Press, n. 10, 1972. “Lição de história.”
= O que é ficção científica? Editora
Atlantida, Coleção Centauro, n. 4, 1959. “Lição de história.”
= Para entender os anos 70. Editora Bloch,
sem data. “O melhor ainda está por vir”. Artigo.
= Antologia cósmica. Francisco Alves
Editora, Coleção Mundos da Ficção Científica, n. 22, 1981. “Missão de
salvamento”.
= Arquitetos do futuro. Expressão e Cultura,
1972. “O náufrago”.= A nave espacial. Clube do Livro, 1977. “A nave espacial”.
= Homem, n. 1, agosto 1975. “A passagem da
Terra”.
= ... Para onde vamos? Editora Hemus, 1979.
“Os pastos submersos”.
= Mensagens do futuro. Coleção Argonauta, n.
320. “Quem está aí?”
= Espaço, n. 4. Editora Verbo, sem data.
“Quem está aí?”.
= Uma infinidade de estrelas. Editora Deaga,
Coleção DH-Ciência, n. 8. “Regata no espaço”.
= A sonda do tempo. Editora Nova Fronteira,
1979. “Respire fundo”.
= Rumo à Vega. Editorial Bruguera, Coleção
Urânia, n. 18, 1971. “Reviravolta”.
= Correio do Povo, 7 de dezembro 1968, Porto
Alegre (RS). “A sentinela”.
= Seleções, n. 202, março 1988. “A
sentinela”.
= Dinossauros! Editora Aleph, Coleção
Zenith, n. 6, 1993. “Seta do tempo”.
= Ross Pynn – Antologia de Mistério, n. 6.
“Silêncio, por favor!”.
= Arte futura. Editorial Bruguera, Coleção
Urânia, n. 10, sem data. “Teste de segurança”.
= Os melhores contos de ficção científica de
1972. Editora Deaga, Coleção DH-Ciência, n. 18. “A trajetória da Terra”.
= Espaço, n. 2. Editora Verbo, sem data.
“Verão em Ícaro”.
= Homens e estranhos. Edições Mundo Musical,
1973. “Vindo do Sol”.
= Terrestres e estranhos. Editorial Panorama
– Antologias, n. 1, sem data. “Vindo do Sol”.
= Histórias
de ficção científica. Editora Ática, 2006. “A estrela”.
= A Descronização de Sam Magruder, George Gaylord Simpson. Introdução: "A Exploração do Tempo".
= A Descronização de Sam Magruder, George Gaylord Simpson. Introdução: "A Exploração do Tempo".
Divulgação
científica:
= A exploração do
espaço (The exploration of space, 1952), Melhoramentos, 1959.
= Perfil do futuro
(Profiles of the future, 1962), Vozes, 1970.
= O terceiro planeta
(Report on planet three, 1972), Hemus, 1972.
= O mundo misterioso
de Arthur C. Clarke (Arthur C. Clarke’s mysterious world, 1980), com
Simon Welfare e John Fairley. Francisco Alves Editora, 1982.
= Um dia na vida do
século XXI (July 20, 2019: A day in the life ot the 21st century,
1986), Nova Fronteira, 1989.
Sobre o autor
(livros e revistas):
= “Ficção científica: A
nova mitologia – Ensaio para uma análise estrutural”, Franciso Antonio Doria. Tempo
Brasileiro, nos. 15/16. Editora Revista dos Tribunais, 1973. (O artigo
analisa o romance A cidade e as estrelas.)
= “A idade de ouro,
Arthur C. Clarke, 1953”, L. David Allen, No mundo da ficção científica.
Summus Editorial, 1975.
= 2001, uma odisséia
no espaço, Amir Labaki. Publifolha – Coleção Folha Explica, n. 15, 2000.
= Arthur C. Clarke:
Ficção das origens, Jesus de Paula Assis, editor. Scientific American –
Exploradores do Futuro. Editora Duetto, 2005.
= “Assim falou Arthur
C. Clarke...”, Marcello Simão Branco. Discutindo Literatura, ano 3, n.
18, 2008. Editora Escala Educacional.
= "Arthur Clarke em 2001", da "Salon" (revista norte-americana). Folha de S. Paulo, "Mais!", 14 de janeiro de 2001.
= "Mil Anos à Frente", Laurentino Gomes (resenha de 3001: A Odisséia Final). Veja, 23 de julho de 1997.
= "Arthur Clarke em 2001", da "Salon" (revista norte-americana). Folha de S. Paulo, "Mais!", 14 de janeiro de 2001.
= "Mil Anos à Frente", Laurentino Gomes (resenha de 3001: A Odisséia Final). Veja, 23 de julho de 1997.
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