Com distribuição da dupla dinâmica dos
filmes bagaceiros do cinema fantástico tranqueira do século XXI, “SyFy” (na
televisão a cabo) e “The Asylum” (em DVD e Blu-Ray), “Terror no Triângulo das Bermudas” não desaponta seus distribuidores,
pois é mais uma porcaria colossal. A história é extremamente banal, explorando
o exaustivo clichê sobre os mistérios do famoso “Triângulo das Bermudas”, e os
efeitos especiais em CGI incomodam de tão exagerados e artificiais. O elenco é repleto
de atores inexpressivos, exceto pelas presenças curiosas do experiente John
Savage como o Presidente americano DeSteno, e pela agora veterana Linda
Hamilton (a Sarah Connor de “O Exterminador do Futuro”, 1984). Ela que está em
final de carreira e sem opções para ter que aceitar o papel de uma militar austera,
a Almirante Linda Hansen, que fica o tempo todo falando grosso, dando ordens e
fazendo pose de durona . A direção é de Nick Lyon, de outras porcarias como “A
Invasão Zumbi” (2012).
O avião “Força Aérea Um” que transporta o
presidente dos Estados Unidos (Savage), enfrenta uma forte tempestade e antes
de explodir no ar, uma cápsula com o presidente é ejetada, caindo no mar na região
do Triângulo das Bermudas, indo parar no fundo do oceano. Paralelamente, uma
frota de navios da Marinha, sob o comando rígido da Almirante (Hamilton), é
atacada por monstros com tentáculos imensos (daí o título original) de origem
alienígena. Enquanto enfrentam a ameaça dos monstros, uma equipe de resgate
liderada pelo Chefe Trip Oliver (Trevor Donovan) parte num pequeno submarino experimental
para tentar localizar a cápsula com o presidente. Além de outros soldados, a
equipe ainda conta com a consultoria de apoio técnico da engenheira Tenente
Plummer (Mya Harrison) e o piloto do submarino, o Tenente Comandante Barclay
(Richard Whiten). No fundo do mar, eles encontram uma caverna gigantesca com um
cemitério de aviões e navios que estavam desaparecidos, numa especulação sobre
o mistério do Triângulo das Bermudas. Eles teriam sido capturados para
fornecerem energia com seus combustíveis para um posto avançado alienígena
oculto nessa caverna subaquática. Os sempre heróis americanos precisam superar
dois desafios, encontrar e salvar a vida do presidente, e vencer uma batalha
contra uma ameaça de invasão alienígena.
“Terror no Triângulo das Bermudas” é um
filme muito ruim, exagerado na computação gráfica e extremamente previsível.
Mas, o pior de tudo mesmo é o roteiro com ideias já vistas centenas de vezes
antes, com os mesmos clichês irritantes. Se não fosse a história patética,
poderíamos até tentar com certo esforço nos divertir com as características
bagaceiras como os monstros em CGI, as mortes sangrentas, a gigantesca nave
alienígena, e com a atriz veterana Linda Hamilton nitidamente deslocada num
papel de militar sisuda. Porém, é difícil aguentar os discursos americanos
sobre heroísmo, exaltação do ego e atos de bravura com sacrifícios para o bem
da humanidade. Aliás, se não fossem por eles, nosso planeta indefeso estaria
condenado à destruição.
(Juvenatrix – 18/11/15)
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