Lançado em DVD no Brasil pela
“Versátil”, na coleção “Obras Primas do Terror – Volume 1”, “O Chicote e o
Corpo” (The Whip and the Body) é um filme de horror gótico dirigido pelo
especialista italiano Mario Bava e com Christopher Lee como vilão.
Curto, com apenas 78 minutos de duração,
a história é ambientada na Europa do século XIX, num castelo à beira do mar, de
propriedade do Conde Vladimir Menliff (Gustavo De Nardo, creditado como Dean
Ardow). Lá vivem também seu filho Cristiano (Tony Kendall), prestes a se casar
com a noiva Nevenka (Daliah Lavi), além de Katia (Evelyn Stewart, creditada
como Isli Oberon) e os empregados Giorgia (Harriet Medin, creditada como
Harriet White) e Losat (Luciano Pigozzi, creditado como Alan Collins). O
ambiente fica bastante tenso com a chegada de Kurt Menliff (Christopher Lee),
outro filho do conde, que já teve um relacionamento conturbado com Nevenka e
foi o responsável pelo suicídio de Tanya, a filha da empregada Giorgia, após
outro romance mal resolvido.
Kurt é recebido com hostilidade pela
família, com conflitos constantes e sentimentos de desconfiança e ódio. Depois que
ele é assassinado misteriosamente, como num plano de vingança, as tensões no
castelo se intensificam ainda mais e Nevenka passa a sofrer terrivelmente com
alucinações e ataques do fantasma perturbado de Kurt, que retorna da tumba para
assombrar o castelo.
O cineasta Mario Bava (1914 / 1980), de
clássicos como “A Maldição do Demônio” (1960), “As Três Máscaras do Terror”
(1963) e “O Planeta dos Vampiros” (1965), entre outros, é considerado um mestre
italiano do Horror gótico. Em “O Chicote e o Corpo” temos a tradicional
ambientação sombria de um castelo imponente no alto de uma montanha beirando o
mar. Com o barulho constante de fortes ventanias e ondas se chocando contra as
rochas, contribuindo ainda mais para uma atmosfera sinistra que perdura o tempo
todo pelos aposentos e becos escuros do castelo, com suas passagens secretas e
armaduras medievais decorativas. Vozes, sombras, o horror à espreita, mortes,
perseguições, loucura, todos esses elementos juntos para fazer do castelo um
palco de pesadelos num horror gótico de gelar a alma dos vivos.
Christopher Lee (1922 / 2015), com seu
currículo de quase 300 filmes, está imponente como sempre, no papel de um vilão
que chicoteia uma mulher e assombra o castelo da família em busca de vingança
contra seus detratores.
“Eu
te assusto? Você gostava de mim antes. Você sempre gostou de violência. Você
não mudou nada. Você não mudou e nunca mudará.” – Kurt para Nevenka
(Juvenatrix – 25/11/18)
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