Com direção de Peter
Rader, “A Morada do Terror” (outro título nacional oportunista e sem relação
com o original) é de 1988 e foi lançado por aqui em VHS pela “Transvídeo”. A
produção é do grego Nico Mastorakis, que também é conhecido pela direção de
outras bagaceiras dos anos 1970 e 80 como “A Ilha da Morte” (1976), “A Próxima Dimensão” (1984) e “The Zero Boys”
(1986).
Depois da morte do pai dos
irmãos adolescentes David (Eric Foster) e Lynn (a bela Kim Valentine), eles vão
morar com seus avós numa casa de campo (daí o nome original “A Casa da Vovó”).
São bem recebidos pelo avô (Len Lesser) e a avó (Linda Lee), mas depois que o
garoto David testemunha um movimento suspeito deles com uma misteriosa e
estranha mulher (a “scream queen” Brinke Stevens), ele passa a se sentir
inseguro e desconfia que seus parentes mais velhos possam estar envolvidos em
assassinatos.
Qualquer informação
adicional pode ser considerada “spoiler” e comprometer a diversão do
espectador, pois o filme é cheio de reviravoltas e revelações importantes ao
longo da história. Temos um clima constante de suspense que consegue manter a
atenção, apesar de que algumas situações inverossímeis ocasionalmente atrapalham
o resultado final. Alguns personagens desaparecem por um tempo e reaparecem
depois, numa manobra propícia para facilitar o trabalho do roteirista, porém
prejudicando a coerência da história.
O filme tem pouco sangue,
as mortes são discretas e as cenas de golpes com faca e machado não evidenciam
o líquido vermelho, com as lâminas limpas mesmo após penetrarem repetidas vezes
nos corpos das vítimas, numa falha grosseira que minimiza o grau de violência.
Mas, ainda assim, “A Morada do Terror” consegue despertar o interesse com as
reviravoltas na descoberta da verdade. A dupla de atores adolescentes cumpre
bem o papel, principalmente o garoto Eric Foster, assumindo uma posição
importante na história tentando entender a postura sinistra de seus avós e a
real identidade da mulher misteriosa que surge para aterrorizar a casa. E o
veterano ator Len Lesser (1922 / 2011) também se destaca no papel do avô com
segredos obscuros do passado, numa interpretação assustadora e convincente.
(Juvenatrix –09/04/17)
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