“The War in
Space” é o título americano dessa bagaceira de FC japonesa produzida pela
“Toho” em 1977, aproveitando o lançamento de “Star Wars” para tentar lucrar com
as histórias de guerras no espaço. O filme também é conhecido como “Battle in
Outer Space 2”, numa referência como algum tipo de sequência para “Os Bárbaros
Invadem a Terra” (The Mysterians, 1957) e “Mundos em Guerra” (Battle in Outer
Space, 1959), ambos dirigidos por Ishirô Honda.
A história é
ambientada em 1988, um futuro para a época da produção e um passado já distante
para os tempos atuais, 30 anos depois. A Terra está sendo atacada por
alienígenas de um planeta muito distante que está em processo de extinção, e
que procuram outro lugar para viverem, um dos clichês mais saturados desse
sub-gênero da FC. Eles estabelecem uma base em Vênus e promovem um ataque
destrutivo nas principais cidades do nosso mundo. Para combatê-los, um renomado
cientista japonês, Professor Takigawa (Ryô Ikebe, que esteve também no anterior
“Mundos em Guerra”), projetou a nave de guerra “Gothen”, que é utilizada como
representante da humanidade e da “Federação Espacial das Nações Unidas” para
deter a invasão alienígena.
A “Gothen” tem
uma broca perfuradora gigante localizada na parte frontal e com suas armas de
raios laser e um sistema de lançamento de aviões similar ao disparo de
projéteis de um revólver, vai até Vênus para destruir a base inimiga. A bela
filha do cientista, June (Yûko Asano), é sequestrada pelo líder dos vilões e
seu antigo namorado, Miyoshi (Kensaku Morita), tenta resgatá-la, respondendo um
pedido do atual noivo da moça, o piloto Morrei (Masaya Oki), formando um
tradicional e clichê triângulo amoroso. Trava-se então uma guerra no espaço
longínquo, no distante planeta Vênus, entre os humanos e os alienígenas
invasores, com sua imensa nave na forma de um galeão típico de navegação em
nossos oceanos, com suas esferas voadoras que soltam raios laser.
“The War in
Space” ou “Wakusei Daisenso” (no original japonês) é um filme bagaceiro de
ficção científica dirigido
por Jun Fukuda, com uma história típica das exageradas batalhas espaciais
entre os humanos e invasores alienígenas, pela defesa de nosso planeta tão
cobiçado. A única característica realmente interessante, para os apreciadores
do cinema fantástico bagaceiro, são as esperadas maquetes e miniaturas de naves
e aviões de guerra, os cenários coloridos tanto das bases terrestre como a alienígena,
os computadores gigantes imaginados pelas mentes dos roteiristas da época, e o
vilão estranho, aqui representado pelo líder tirano Comandante Supremo do
Império da Galáxia, de pele verde e usando um capacete e vestuário hilários. As
naves são barulhentas e a “Gohten” até solta fumaça, “poluindo” o espaço.
Porém, de resto,
o filme é muito ruim. A interpretação dos atores é sofrível, sendo impossível
estabelecer alguma empatia com os personagens e seus destinos. O inexpressivo ator
David Perin, que faz o papel do piloto Jimmy, tem uma cena patética onde tenta
esboçar alguma emoção ao saber da morte da família num ataque alienígena. Mas,
ele falha de forma desastrosa na tentativa. O roteiro é extremamente
superficial, explorando os mesmos elementos de dezenas de filmes similares
sobre invasão alienígena pela posse da Terra.
Curiosamente, em
outra cena patética, temos um clone pobre do “Chewbacca”,o “Wookiee” que se
tornou um ícone popular pela cultuada saga “Star Wars”. Só que a cópia japonesa
tem chifres bizarros e é um simples guarda que aterroriza a mocinha presa pelo
vilão. Porém, ao contrário do famoso guerreiro original, esse é tão
incompetente que dá pena.
(Juvenatrix – 26/07/18)
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