O diretor e roteirista Carlos G. Gananian
já nos presenteou com excelentes e muito bem produzidos curtas de horror como
“Behemoth” (2003, sobre a evocação de uma entidade maligna), “Coagula” (2005,
sobre as ações de um psicopata mascarado), e “Akai” (2006, sobre o tormento
existencial de um vampiro), todos com produções caprichadas. Também faz parte
de sua filmografia o curta de ficção científica “AM / FM” (2014).
Agora é a vez de “Sol” (2017), uma
interessante história de possessão numa produção profissional, com grande
quantidade de pessoas envolvidas no projeto.
Uma senhora religiosa, Solange (Thaia
Perez), está sofrendo muito ao enfrentar uma situação bizarra que está
acontecendo com seu marido Aristides (Ivan Giaquinto), encarcerado num quarto,
ajoelhado num círculo desenhado no chão, as mãos amarradas, uma máscara
cobrindo o rosto, agitado e balbuciando palavras estranhas. Sem se alimentar e
com o corpo definhando perigosamente, ele é monitorado por dois padres. Um mais
jovem, Dario (Lui Seixas), que está filmando o exorcismo, e outro mais
experiente, Lucio (Plínio Soares), que tenta inutilmente expulsar o espírito
maligno de sua vítima. Enquanto isso, para piorar ainda mais o cenário
depressivo, vozes sinistras atormentam a Sra. Solange.
Em
apenas 14 minutos, Carlos G. Gananian e equipe conseguiram apresentar uma
história perturbadora de horror sugerido, com uma atmosfera sombria explorando
com maestria o velho clichê de possessão demoníaca. Sem gritarias, sangue em
profusão ou violência exagerada, e apenas com eficientes efeitos sonoros e
sugestões que evidenciam o poder avassalador do Mal. Altamente recomendável,
tanto pela qualidade da produção como pela sutileza do roteiro.
(Juvenatrix – 20/01/17)
Nenhum comentário:
Postar um comentário