A produtora
“Troma”, especializada em filmes bagaceiros de horror, lançou em 1980 a divertida
tranqueira “Dia das Mães Macabro” (Mother´s Day), dirigida por Charles Kaufman,
irmão do fundador da produtora, Lloyd Kaufman.
Três amigas da época da escola, unidas
por uma irmandade, se encontram para um passeio de diversão descompromissada. Jackie
(Deborah Luce), Abbey (Nancy Hendrickson) e Trina (Tiana Pierce) decidem ir para
um local isolado numa floresta, aproveitando um final de semana para sair de
suas rotinas diárias e se afastar dos problemas, relembrando os bons momentos do
passado na escola. Porém, logo a diversão se transforma em tensão e medo depois
que são surpreendidas por dois irmãos psicopatas, Ike (Frederick Coffin, creditado
como Holden McGuire) e Addley (Michael McCleery, creditado como Billy Ray
McQuade). Eles moram com sua mãe insana e autoritária, interpretada por Beatrice
Pons (creditada como Rose Ross), numa cabana no meio do mato.
Os irmãos lunáticos sequestram as
garotas e iniciam uma série de torturas físicas e psicológicas, carregadas de
violência e perversidade, para satisfazer, além de seus próprios desejos
pessoais, também a mãe maluca, que se diverte com o sofrimento das moças
capturadas.
É verdade que os primeiros 30 minutos do
filme são arrastados, perdendo muito tempo com futilidades envolvendo as três
moças, mas depois que elas são capturadas pelos psicopatas assassinos, as ações
ganham intensidade com as torturas e violência, espalhando sangue. Além também
do plano de fuga e vingança das moças contra seus algozes, que apesar dos
inevitáveis clichês, gerou um ritmo tenso com as perseguições e confrontos
sangrentos.
Tanto os atores que interpretaram os
irmãos sádicos, quanto principalmente a veterana Rose Ross (na verdade,
Beatrice Pons), como a mãe perversa, tiveram ótimas atuações, convencendo com
seus personagens insanos e ameaçadores, contribuindo significativamente para
tornar “Dia das Mães Macabro” mais um exemplo de filme divertido de horror
bagaceiro.
Curiosamente, a
primeira vez que vi o filme foi em 1985 através de uma fita “alternativa” de
vídeo VHS, um nome diferente na época para “pirata”, e a experiência registrou
algumas cenas definitivamente em minha memória, como a decapitação do início e
as mãos severamente dilaceradas de uma das garotas, por causa do atrito de uma
corda.
Em 2010 tivemos
uma refilmagem com o título nacional “Dominados Pelo Ódio”, dirigido por Darren
Lynn Bousman e com Rebecca De Mornay no papel da mãe perversa.
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