quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A Fuga do Terror (Blood Bath, EUA, 1976)


Lançado no Brasil na época dos saudosos vídeos VHS pela “América Vídeo”, “A Fuga do Terror” (mais um péssimo título nacional) é uma obscura antologia de contos de horror, amarrados por uma história central. A produção é bagaceira ao extremo, com um roteiro pouco inspirado, num trabalho do diretor Joel M. Reed. Ele que também foi o responsável por outras tranqueiras como “O Incrível Show de Torturas” (1976), influenciado pelos filmes “gore” de H. G. Lewis, e “Night of the Zombies” (1981).
O elenco e equipe de produção de baixo orçamento de filmes de horror discute num jantar sobre histórias assustadoras, e cada um deles apresenta um conto do gênero. São quatro histórias independentes e outra de fundo envolvendo um mistério sobrenatural com o cineasta da produtora.
Na primeira história, temos o caso de um assassino de aluguel bem sucedido que utiliza técnicas eficazes em sua profissão, mas que é surpreendido pelo próprio artefato que estava utilizando para cumprir um dos trabalhos em que foi contratado. Em seguida, um marido descontente com a esposa decide eliminá-la, mas não imaginava as consequências trágicas para obter seu intento ao se envolver com magia negra e uma moeda que permite viajar para o passado. A próxima história é sobre um agiota que se aproveita do desespero de seus clientes endividados, porém ele acidentalmente é trancado num cofre e recebe a visita do fantasma de um homem lesado por seus negócios obscuros. O último conto mostra um lutador de artes marciais que estudou no Oriente, mas não gosta de seguir os mandamentos de disciplina que foram ensinados, e utiliza meios desonestos para administrar sua academia de lutas nos Estados Unidos. Após ser confrontado por um antigo mestre do templo onde foi doutrinado, envolvendo técnicas mágicas de luta, ele encontra um desfecho perturbador.
Apesar das ideias básicas das histórias até apresentarem algum potencial razoável para serem desenvolvidas, como a produção é extremamente tosca de uma forma geral, com efeitos paupérrimos e interpretações sofríveis do elenco, além da previsibilidade do roteiro e do pouco sangue em cena, o resultado final afastou as tentativas de estabelecer uma empatia com o espectador, tornando esta antologia de contos em algo pouco inspirado e destinado ao limbo dos esquecidos.
(Juvenatrix – 10/11/16)

Nenhum comentário:

Postar um comentário