Lançado no Brasil na época dos saudosos
vídeos VHS pela “América Vídeo”, “A Fuga do Terror” (mais um péssimo título
nacional) é uma obscura antologia de contos de horror, amarrados por uma
história central. A produção é bagaceira ao extremo, com um roteiro pouco
inspirado, num trabalho do diretor Joel M. Reed. Ele que também foi o responsável
por outras tranqueiras como “O Incrível Show de Torturas” (1976), influenciado
pelos filmes “gore” de H. G. Lewis, e “Night of the Zombies” (1981).
O elenco e equipe de produção de
baixo orçamento de filmes de horror discute num jantar sobre histórias
assustadoras, e cada um deles apresenta um conto do gênero. São quatro
histórias independentes e outra de fundo envolvendo um mistério sobrenatural
com o cineasta da produtora.
Na primeira história, temos o caso de
um assassino de aluguel bem sucedido que utiliza técnicas eficazes em sua
profissão, mas que é surpreendido pelo próprio artefato que estava utilizando
para cumprir um dos trabalhos em que foi contratado. Em seguida, um marido
descontente com a esposa decide eliminá-la, mas não imaginava as consequências
trágicas para obter seu intento ao se envolver com magia negra e uma moeda que
permite viajar para o passado. A próxima história é sobre um agiota que se
aproveita do desespero de seus clientes endividados, porém ele acidentalmente é
trancado num cofre e recebe a visita do fantasma de um homem lesado por seus negócios
obscuros. O último conto mostra um lutador de artes marciais que estudou no
Oriente, mas não gosta de seguir os mandamentos de disciplina que foram
ensinados, e utiliza meios desonestos para administrar sua academia de lutas
nos Estados Unidos. Após ser confrontado por um antigo mestre do templo onde
foi doutrinado, envolvendo técnicas mágicas de luta, ele encontra um desfecho
perturbador.
Apesar das ideias básicas das
histórias até apresentarem algum potencial razoável para serem desenvolvidas, como
a produção é extremamente tosca de uma forma geral, com efeitos paupérrimos e
interpretações sofríveis do elenco, além da previsibilidade do roteiro e do pouco
sangue em cena, o resultado final afastou as tentativas de estabelecer uma empatia
com o espectador, tornando esta antologia de contos em algo pouco inspirado e
destinado ao limbo dos esquecidos.
(Juvenatrix – 10/11/16)
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