Nos créditos iniciais temos a música
“Ace of Spades”, da lendária banda inglesa “Motorhead”, apenas uma de várias
outras de heavy metal que participam da trilha sonora como “Girlschool”,
“Virgin Steele”, “Thor” e “Battalion”, que desfilam sua música ao longo do
filme. Tem também o ator cultuado da televisão Adam West (falecido em 2017 aos
88 anos), um rosto reconhecido como Bruce Wayne (Batman) da série homônima de
TV dos anos 1960, pastelão e tranqueira ao extremo. Completa ainda um único
zumbi, tosco e super bagaceiro, ressuscitado dos mortos em busca de vingança
contra seus assassinos. O resultado é “Zombie Nightmare”, produção canadense de
1987 dirigida por Jack Bravman a partir de roteiro de John M. Fasano.
Tony Washington (o cantor Jon Mikl Thor,
líder fundador da banda “Thor”, na ativa desde 1977), é um jovem que morre num
acidente trágico, atropelado por um carro guiado por Jim Batten (Shawn Levy),
um adolescente acéfalo e rebelde, que não respeita ninguém e lidera um grupo
ainda formado por dois casais de namorados, Peter (Hamish McEwan) e Susie
(Manon E. Turbide), e Bob (Allan Fisher) e Amy (Tia Carrere, atriz que
conseguiu algum destaque posterior na carreira). Tony volta do mundo dos
mortos, invocado num ritual de magia negra pela bruxa Molly Mokembe (Manuska
Rigaud), e sai de seu túmulo para se vingar daqueles que causaram sua morte
violenta.
Paralelamente, com a ocorrência de
mortes estranhas dos jovens rebeldes, a polícia entra em cena com a
investigação do jovem detetive Frank Sorrell (Frank Dietz), auxiliado pelo veterano
chefe Capitão Tom Churchman (Adam West). Eles tentam descobrir o mistério por
trás dos assassinatos com toques sobrenaturais, evidenciando o tal “pesadelo
zumbi” do título.
“Zombie Nightmare” tem um nome sonoro e
chamativo, mas é um filme extremamente ruim, mal feito e datado. Trata-se
apenas de um exemplo do cinema bagaceiro oitentista com pouca diversão, valendo
conhecer exclusivamente por curiosidade.
Exceto pela música do “Motorhead” e pela
presença do eterno canastrão Adam West, mesmo somente a partir da metade do
filme, pouca coisa se salva. A história, repleta de furos, é um clichê
totalmente sem interesse, cansativo e arrastado. As interpretações do elenco são
amadoras. O zumbi vingativo tem uma maquiagem péssima e sua atuação nas cenas
de mortes é bem patética. Aliás, as mortes também são bem discretas.
Curiosamente, num momento em que o
zelador de uma academia de ginástica está dormindo em serviço, permitindo o
ataque do zumbi em seu plano de vingança, podemos ver que em seu colo tem uma
revista “Fangoria”, cuja capa mostra o líder dos caminhões que ganharam vida
própria na tranqueira “Comboio do Terror” (Maximum Overdrive, 1986), dirigido
por Stephen King e baseado em seu conto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário