terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Alienator - A Exterminadora Indestrutível (Alienator, EUA, 1990)


“Em um canto longínquo da galáxia, um batalhão rebelde bem armado monta uma emboscada para os exércitos do Grande Tirano, Baal. Um massacre se segue. Milhares de inocentes morrem, e o líder da revolução Kol é capturado e sentenciado à morte. Hoje num escuro planeta prisão de onde ninguém jamais escapou, o Comandante Executor se prepara para mandar seu prisioneiro direto para o inferno.” – Introdução.

Com um título nacional sonoro e sensacionalista (e talvez até com um “spoiler” na palavra “indestrutível”), “Alienator – A Exterminadora Indestrutível” (1990) é outro exemplo do cinema fantástico bagaceiro do diretor veterano Fred Olen Ray, o mesmo responsável por diversas tranqueiras, citando apenas algumas dos anos 80 do século passado como “Vale da Morte” (1985), “Confusão nas Estrelas” (1986), “A Maldição da Tumba” (1986), “Cyclone – A Máquina Fantástica” (1987), “Hollywood Chainsaw Hookers” (1988), “Alien – O Terror do Espaço” (1988), “Guardiões do Futuro” (1988) e “A Maldição dos Espíritos” (1990).
Kol (Ross Hagen), o líder dos rebeldes conforme descrito na introdução, encontra-se preso e no corredor da morte. A penitenciária é controlada com rigor pelo Comandante Executor (Jan-Michael Vincent), que tem seus momentos galanteadores com a secretária Tara (P. J. Soles). Depois que a prisão recebe uma visita de inspeção do General Delegado Lund (Robert Clarke), que tem ideias pacifistas, Kol aproveita uma oportunidade e consegue escapar numa pequena nave, indo em direção à Terra.
Lá, numa estrada no meio da floresta de uma cidadezinha do interior americano, ele encontra um grupo de adolescentes acéfalos formado por dois casais de namorados, Rick (Richard Wiley) e Caroline (Dawn Wildsmith), e Benny (Jesse Dabson) e Orrie (Dyana Ortelli). Os jovens pedem ajuda para um policial florestal, Ward Armstrong (John Phillip Law), e todos juntos precisam enfrentar o ataque de uma androide alienígena exterminadora “indestrutível” conhecida como “Alienator” (interpretada por Teagan Clive), que foi enviada para eliminar o prisioneiro fugitivo Kol. Para auxiliá-los no confronto com a máquina de guerra de outro mundo, eles se unem ao veterano Coronel Coburn (Leo Gordon), um ex-militar com experiência em batalhas e que vive numa cabana na floresta.

“Aqui é a privada do sistema penal interplanetário e nosso trabalho é dar a descarga.” – Comandante Executor

O filme é uma bagaceira proposital, com diálogos e situações hilárias, cujo roteiro simples é um imenso clichê, mostrando a manjada história de uma criatura cibernética exterminadora vinda do espaço para rastrear um prisioneiro que se escondia em nosso planeta. A sala de comando da prisão espacial está repleta de painéis imensos, com botões e interruptores, e os demais ambientes simulam celas com corredores e salas típicas de uma fábrica com escadas, válvulas e tubulações externas para todos os lados. A nave espacial é uma maquete tosca e a exterminadora do título tem uma aparência exagerada, com pouca roupa, sangue amarelo, portando armas futuristas de raio laser e evidenciando o corpo musculoso de Teagan Clive, que também é fisiculturista. Aliás, ela só aparece em cena após quase quarenta minutos de filme, então é fácil deduzir que o diretor Fred Olen Ray procurou enrolar bastante a história com futilidades.  
Curiosamente, temos no elenco a presença de vários veteranos cujos rostos são reconhecidos, como Leo Gordon (1992 / 2000), Robert Clarke (1920 / 2005) e Robert Quarry (1925 / 2009).
Leo Gordon esteve em dezenas de filmes de western e “O Castelo Assombrado” (1963). Robert Clarke esteve em “O Homem do Planeta X” (1951) e “The Astounding She-Monster” (1957), filme que inspirou a história de “Alienator”, além de “The Incredible Petrified World” (1959) e “Além da Barreira do Tempo” (1960). Já Robert Quarry foi um vampiro em “Conde Yorga, Vampiro” (1970) e a continuação “A Volta do Conde Yorga” (1971), e esteve em outras pérolas como “A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes” (1972), “A Vingança dos Mortos” (1974) e “A Casa do Terror” (1974). Em “Alienator”, ele fez o papel de um médico alcoólatra, Dr. Burnside, numa participação rápida.
Vale também citar a presença da bela atriz alemã P. J. Soles, que esteve em “Carrie: A Estranha” (1976) e no clássico de John Carpenter, “Halloween: A Noite do Terror” (1978), o primeiro filme do psicopata mascarado Michael Myers.
Após o término do filme tem uma citação dedicatória para o ator Fox Harris (1936 / 1988), que fez o atrapalhado caçador Burt e que faleceu logo após as filmagens.
(Juvenatrix – 06/02/18)

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