“Em um canto longínquo da galáxia, um batalhão rebelde bem armado
monta uma emboscada para os exércitos do Grande Tirano, Baal. Um massacre se
segue. Milhares de inocentes morrem, e o líder da revolução Kol é capturado e
sentenciado à morte. Hoje num escuro planeta prisão de onde ninguém jamais
escapou, o Comandante Executor se prepara para mandar seu prisioneiro direto para
o inferno.” – Introdução.
Com um título nacional sonoro e
sensacionalista (e talvez até com um “spoiler” na palavra “indestrutível”), “Alienator – A Exterminadora Indestrutível”
(1990) é outro exemplo do cinema fantástico bagaceiro do diretor veterano Fred
Olen Ray, o mesmo responsável por diversas tranqueiras, citando apenas algumas
dos anos 80 do século passado como “Vale da Morte” (1985), “Confusão nas
Estrelas” (1986), “A Maldição da Tumba” (1986), “Cyclone – A Máquina
Fantástica” (1987), “Hollywood Chainsaw Hookers” (1988), “Alien – O Terror do
Espaço” (1988), “Guardiões do Futuro” (1988) e “A Maldição dos Espíritos”
(1990).
Kol (Ross Hagen), o líder dos rebeldes
conforme descrito na introdução, encontra-se preso e no corredor da morte. A
penitenciária é controlada com rigor pelo Comandante Executor (Jan-Michael
Vincent), que tem seus momentos galanteadores com a secretária Tara (P. J.
Soles). Depois que a prisão recebe uma visita de inspeção do General Delegado
Lund (Robert Clarke), que tem ideias pacifistas, Kol aproveita uma oportunidade
e consegue escapar numa pequena nave, indo em direção à Terra.
Lá, numa estrada no meio da floresta de
uma cidadezinha do interior americano, ele encontra um grupo de adolescentes
acéfalos formado por dois casais de namorados, Rick (Richard Wiley) e Caroline
(Dawn Wildsmith), e Benny (Jesse Dabson) e Orrie (Dyana Ortelli). Os jovens
pedem ajuda para um policial florestal, Ward Armstrong (John Phillip Law), e
todos juntos precisam enfrentar o ataque de uma androide alienígena
exterminadora “indestrutível” conhecida como “Alienator” (interpretada por
Teagan Clive), que foi enviada para eliminar o prisioneiro fugitivo Kol. Para
auxiliá-los no confronto com a máquina de guerra de outro mundo, eles se unem
ao veterano Coronel Coburn (Leo Gordon), um ex-militar com experiência em
batalhas e que vive numa cabana na floresta.
“Aqui é a privada do sistema
penal interplanetário e nosso trabalho é dar a descarga.” – Comandante Executor
O filme é uma bagaceira proposital, com
diálogos e situações hilárias, cujo roteiro simples é um imenso clichê,
mostrando a manjada história de uma criatura cibernética exterminadora vinda do
espaço para rastrear um prisioneiro que se escondia em nosso planeta. A sala de
comando da prisão espacial está repleta de painéis imensos, com botões e
interruptores, e os demais ambientes simulam celas com corredores e salas
típicas de uma fábrica com escadas, válvulas e tubulações externas para todos
os lados. A nave espacial é uma maquete tosca e a exterminadora do título tem
uma aparência exagerada, com pouca roupa, sangue amarelo, portando armas
futuristas de raio laser e evidenciando o corpo musculoso de Teagan Clive, que
também é fisiculturista. Aliás, ela só aparece em cena após quase quarenta
minutos de filme, então é fácil deduzir que o diretor Fred Olen Ray procurou
enrolar bastante a história com futilidades.
Curiosamente, temos no elenco a presença
de vários veteranos cujos rostos são reconhecidos, como Leo Gordon (1992 /
2000), Robert Clarke (1920 / 2005) e Robert Quarry (1925 / 2009).
Leo Gordon esteve em dezenas de filmes
de western e “O Castelo Assombrado” (1963). Robert Clarke esteve em “O Homem do
Planeta X” (1951) e “The Astounding She-Monster” (1957), filme que inspirou a
história de “Alienator”, além de “The Incredible Petrified World” (1959) e
“Além da Barreira do Tempo” (1960). Já Robert Quarry foi um vampiro em “Conde
Yorga, Vampiro” (1970) e a continuação “A Volta do Conde Yorga” (1971), e
esteve em outras pérolas como “A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes”
(1972), “A Vingança dos Mortos” (1974) e “A Casa do Terror” (1974). Em
“Alienator”, ele fez o papel de um médico alcoólatra, Dr. Burnside, numa
participação rápida.
Vale também citar a presença da bela atriz
alemã P. J. Soles, que esteve em “Carrie: A Estranha” (1976) e no clássico de
John Carpenter, “Halloween: A Noite do Terror” (1978), o primeiro filme do
psicopata mascarado Michael Myers.
Após o término do filme tem uma citação
dedicatória para o ator Fox Harris (1936 / 1988), que fez o atrapalhado caçador
Burt e que faleceu logo após as filmagens.
(Juvenatrix – 06/02/18)
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